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O Velho do Cais | por Rosinha Maciel


O velho do cais.

Era um velho guerreiro
Prostrado no cais a definhar.
É em terra tão derradeiro 
Só fora vivo no mar. 

Pelas estrelas era guiado
Pelo luar embalado 
Pelo vento regido 
No cais do porto hoje encalhado.

Foi-se a renda de muitos. 
Foi-se o sol e o sal
Não restou vela ou pano.
Nem um pedaço de pau.

No cais que rege a vida 
De uma alma perdida a vagar. 
Restou-lhe o mar como abrigo
Ombro amigo à chorar...

Texto: Rosinha Maciel
Foto: Welington Magalhães.






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