O grande poeta parnaibano Diego Mendes Sousa, festeja em 2023, 20 anos da sua carreira literária. O nobre autor já é um consagrado escritor de reconhecimento nacional e leva o nome de sua cidade aos rincões deste Brasil.
“Neste 2023, comemoro 20 anos de Poesia! Recordo tempos em que eu vivia imerso em Goethe, Rimbaud, Auden, Rilke, Lorca, Eliot, Pound, Jorge de Lima, Lêdo Ivo, Ferreira Gullar, Gerardo Mello Mourão... Eram as iluminações primeiras, as imaginações e as influências pelo chamado da vocação. Eram as minhas divagações... os voos inaugurais.”, disse Diego Mendes Sousa.
Reconhecido nacionalmente por sua vasta produção poética, Diego Mendes Sousa é um intelectual a passos largos, que sabe empreender com a inteligência e a sensibilidade. O poeta sempre projeta Parnaíba pelo mundo, levando a sua cidade em sua aplaudida obra e no coração.
"Os poetas são os legítimos guardiões das suas cidades. São eles que recriam o imaginário da sua gente e legitimam as suas mais profundas raízes com peculiaridade, com verdade e sobretudo, com larga invenção", ressaltou Diego Mendes Sousa.
Diego Mendes Sousa é autor de Divagações (2006), Metafísica do encanto (2008), 50 poemas escolhidos pelo autor (2010), Fogo de alabastro (2011), Candelabro de álamo (2012), Gravidade das xananas (2019), Tinteiros da casa e do coração desertos (2019), O viajor de Altaíba (2019), Velas náufragas (2019), Fanais dos verdes luzeiros (2019), Rosa numinosa (2022) e Agulha de coser o espanto (2023, no prelo).
“Nasci vocacionado. É de berço. Sempre quis ser escritor. Não sabia que era poeta nato, porque a poesia é dom e manifesta-se espontaneamente com o tempo e com a duração da precariedade de estar vivo. Descobri-me depois, poeta e escritor, quando a fluidez da linguagem entendeu por fazer deságue desatinado em mim. Publiquei meu primeiro rebento literário, Divagações, aos dezesseis anos de idade, ainda mancebo e imaturo, e jamais parei ou nunca quis parar, pois encontrei o sentido e a fortaleza da minha vivência e da minha própria existência, enquanto ser humano e sujeito predestinado às letras.”, pontuou Diego Mendes Sousa.
Filho ilustre da Parnaíba, Diego Mendes Sousa é membro da Academia Parnaibana de Letras, onde sucedeu ao Ministro João Paulo dos Reis Velloso.
Para José Luiz de Carvalho, atual presidente da Academia Parnaibana de Letras, “Diego Mendes Sousa é um orgulho para Parnaíba. É um escritor predestinado, obstinado e de uma eficiência produtiva fora do comum. Seu caminho é de grandeza. Intelectual lúcido, de trabalho sério. É um gigante das letras nacionais. Profissional competente, exercendo uma das profissões mais dignas, que é a advocacia. O poeta tem o meu respeito e a minha imensa admiração, pois é sempre genial.”.
Para o deleite dos seus inúmeros leitores, Diego Mendes Sousa prepara a edição do seu décimo segundo livro de poemas, intitulado “Agulha de coser o espanto”, momento de coroamento dessa extraordinária carreira literária, que ainda renderá muitos feitos de glória para a sua terra natal. Diego Mendes Sousa é um Imortal da Academia Brasileira de Letras em potencial, quem viver, verá.
EU ME PROCURO
Eu me procuro no ventre da vida
nas águas insones, na minha cidade,
Eu me procuro na sorte parida,
na floração do amor de verdade.
Eu me procuro no redemoinho,
no sol da manhã, na alvorada,
Eu me procuro no berço, no ninho,
na boca da noite, na madrugada.
Eu me procuro no trem da história
que parte de mim rumo ao além,
Eu me procuro nos vagões da memória,
nas paisagens, nas estações do bem.
Eu me procuro na casa invadida,
nas recordações da infância,
Eu me procuro na alma escondida,
no medo, no espelho, na distância.
Eu me procuro no silêncio do grito,
no pesadelo, no sonho sonhado,
Eu me procuro esperança no conflito,
no tempo de Deus, perdido e achado.
Poema de Diego Mendes Sousa
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POÉTICA
Diego Mendes Sousa
Diego Mendes Sousa
Quero que o meu poema seja terra a terra. Sincero como a paisagem
do rio da minha terra. Belo como a alma dessa terra:
casa incendiada, explosão acontecendo.
Meu poema é como a tarde que se afoga em chuva, como a noite dos mistérios, turvas manhãs às claras. Meu poema com rosto de solidão,
com curvas de lamentos e auroras de mágoas.
Meu poema, fugaz ser do mar, pássaro consumido.
Ilha de dor, espantado e revolto.
Ondas de um tempo exilado, massacrado e morto,
essas águas insones.
Meu poema sem vestígios, porém com sangue e voo.
Meu poema, meu martírio.
Meu poema com gestos de delicadeza.
Meu poema em leito de vida, margens protestadas do sonho, sinos dobrados e bêbados da derrota. Às águas, o meu desespero! Espelhos d'água, a minha terra, o meu poema.
Meu poema, assim na terra como no céu.
Meu poema, como preceito de um revelado bálsamo irreal.
Meu poema, de coração detonado. Túnel vazio, imagens devassas, praias iluminadas.
Meu poema desfolhado e amargo.
Meu poema como herança, cemitérios de ruínas.
Meu poema, destruição e contemplação
BIOGRAFIA
Diego Mendes Sousa nasceu na Parnaíba, no Estado do Piauí, em 15 de julho de 1989.
Formou-se em Direito pela Faculdade Piauiense (FAP). Especializou-se em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Possui ainda Pós-Graduação em Direito Constitucional e Administrativo pela Escola Superior de Advocacia do Piauí - ESA-PI (2020-2021) e Pós-Graduação em Direito Penal e Processual Penal pela Escola Superior de Advocacia do Piauí - ESA-PI (2020-2021).
É Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Acre (UFAC).
Advogado, Escritor e Jornalista. Poeta, cronista, crítico literário e memorialista.
Colunista do Jornal de Letras, vinculado à Academia Brasileira de Letras e colunista do Portal Entretextos.
Fundador do jornal O Bembém, com Benjamim Santos e Tarciso Prado. Editor de livros, sendo, inclusive, antologista de Antonio Carlos Secchin e Antonio Cicero, ambos Imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Organizador do “Almanaque da Parnaíba”, no ano de 2021, que homenageou o grande escritor parnaibano Assis Brasil (1929-2021).
Participou de mais de trinta livros em coautoria pelo Brasil, como por exemplo, “Piauí Celeiro de Icônicas Paisagens” (2021), “Peripandêmicos” (2022) e “O rio – coletânea de poemas sobre o Parnaíba” (2022).
Organizador dos originais, revisor e assessor de produção gráfica do livro “O Piauí no Folclore Brasileiro” (2022), editado pelo Espaço Fonte da Memória, Lei Aldir Blanc.
Autor de prefácios e de posfácios para livros de importantes escritores brasileiros como Carlos Nejar, Dimas Macedo, João Carlos de Carvalho, Antonio Cicero, Raquel Naveira, Antonio Carlos Secchin, Benjamim Santos etc.
Funcionário Público Federal vinculado ao Ministério dos Povos Indígenas, como Indigenista Especializado, e com relevantes serviços prestados ao Estado do Acre.
Autor de Divagações (2006), Metafísica do encanto (2008), 50 poemas escolhidos pelo autor (2010), Fogo de alabastro (2011), Candelabro de álamo (2012), Gravidade das xananas (2019), Tinteiros da casa e do coração desertos (2019), O viajor de Altaíba (2019), Velas náufragas (2019), Fanais dos verdes luzeiros (2019), Rosa numinosa (2022) e Agulha de coser o espanto (2023, no prelo).
Em 2009 foi distinguido com o Prêmio Olegário Mariano da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, pela obra “Metafísica do encanto”.
Em 2013 foi distinguido com o Prêmio Castro Alves da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, pelo Conjunto da Obra.
Em 2016 foi distinguido com o Prêmio João do Rio, de Poesia, da Academia Carioca de Letras (ACL).
Em 2017 foi agraciado com a Medalha e o Diploma do Mérito Municipal, concedido pela Prefeitura Municipal de Parnaíba, em sua terra natal.
Em 2019 foi distinguido com o Prêmio Mário Faustino da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, pela obra “Velas náufragas”.
Em 2020 foi galardoado com a Medalha e o Diploma Austregésilo de Athayde da Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras.
Membro Titular do PEN Clube do Brasil, da Academia de Letras do Brasil (onde sucedeu ao Escritor Cyl Gallindo), da Associação Nacional de Escritores, da Confraria dos Bibliófilos do Brasil, da Academia Piauiense de Poesia e da Academia Parnaibana de Letras (onde sucedeu ao Ministro João Paulo dos Reis Velloso).
Fundador e Primeiro Presidente da Academia Parnaibana de Direito (APD), Casa de Evandro Lins e Silva.
Membro Correspondente da Academia Cearense de Direito, da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ) e da Academia Carioca de Letras.
Membro Honorário do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Parnaíba.
Um dos fundadores da Academia Brasileira de Direito (ABD), onde ocupa cargo no Conselho Superior da instituição.
Diego Mendes Sousa é considerado pela crítica especializada e pelo público, como um dos maiores poetas da historiografia literária pátria. Sua poesia encontra-se traduzida para o espanhol, o inglês, o grego, o romeno e o francês.
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