Considerada uma das mais belas paisagens do mundo, o Delta do Parnaíba é o terceiro maior delta do planeta e o único das Américas que desagua em mar aberto. Sua porta de entrada é Parnaíba, cidade do litoral piauiense que ganhou uma importante obra para preservação do patrimônio cultural da região: o Museu do Mar. O empreendimento já nasce com o título de maior museu do Piauí e revela ao público a diversidade de um dos lugares mais emblemáticos do Brasil. A inauguração está prevista para acontecer agora dia 02 de julho de 2021, o evento será transmitido pelo canal youtube AQUI
Um antigo armazém portuário do século XIX dá espaço ao museu. Durante a visita, os turistas poderão ver a ossada de um peixe-boi, o esqueleto de uma baleia cachalote e barcos em tamanho real. O espaço tem ainda teatro, biblioteca, espaços para apresentações artísticas, café, além de exposições com narrativas sobre comunitários do Delta do Parnaíba, como o pescador e o catador de caranguejo, bem como da fauna e religiosidade presente na região. A instituição integra o Complexo Turístico Porto das Barcas, localizado às margens do Rio Igaraçu e que mantém viva parte da história cultural do Piauí. Sua museografia foi patrocinada pela Equatorial Piauí, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, no valor de meio milhão de reais. O recurso foi investido na aquisição de parte do acervo, compra de mobiliário e programação visual do espaço.
O Museu do Mar do Delta do Parnaíba é um empreendimento do governo do Estado do Piauí, situado no complexo histórico Porto das Barcas, e traz consigo a expectativa de ser um marco na história cultural da Planície Litorânea. É o nascimento do maior museu do Piauí, que será de grande relevância para a arte e memória histórica do povo piauiense.
Ao portal F5 Piauí, o diretor do museu Ryck Costa disse: “O Museu do Mar vai além do ‘museu de acervo’, ele é um museu completo, vai além. Ele é o ‘Museu do Mar do Delta do Parnaíba’, é bom frisar isso, porque ele não é somente sobre ciência natural. Ou seja, a gente não trabalha só com a exposição de biodiversidade. Esse museu vai falar sobre os comunitários aqui da região do Delta, contando também sobre os costumes, das crenças, do comportamento, das tradições, do patrimônio imaterial, que nós possuímos aqui na região, passando também pelos dados da natureza e contando sobre a história da navegação. Essa História que vai por toda área que o Delta preenche, na área de proteção ambiental do Delta do Parnaíba. Então, exporemos dados dos estados do Ceará, Maranhão e do Piauí. E é importante ressaltar que o museu não conta só a História da cidade de Parnaíba, mas de tudo aquilo que se desenvolveu à beira do Rio Parnaíba, um rio que tem uma extensão muito significativa.”
Ryck Costa expõe também uma sequência de espaços que integram essas exposições do museu. Primeiramente a Recepção e introdução dos visitantes ao mesmo. Logo após um momento sobre o “Homem do Porto e do Delta” (descrevendo os registros de pescadores e pescadoras, as marisqueiras, as rendeiras costumes, a religiosidade), podendo-se também apreciar a obra visual sensorial “Concha”, de Ster Farache e Gelson Catatau (depoimentos de pescadores através de um “espelho d’água”).
Também descreve, na segunda parte, a exposição da fotografia de Chico Rasta da “Árvore Penteada”, um Espaço de Tecnologias e Ciências Naturais, um stand de “realidade virtual” (passeio aéreo, terrestre e marítimo pelo Delta do Parnaíba), a exposição dos esqueletos e das réplicas realistas de uma Baleia Cachalote, um peixe-boi e um golfinho. Além da obra visual, de grande dimensão, Mapa completo de todos os afluentes do Delta do Parnaíba, exposição de embarcações nativas, dentre outras muitas peças que serão expostas.
Além da importância turística, o Museu do Mar chega para firmar o Porto das Barcas como um centro cultural na região litorânea do estado. "A obra de recuperação do complexo é a maior em execução no Nordeste. Os espaços poderão ser utilizados para shows, apresentações e espetáculos, que serão retomados no pós-pandemia", afirma o secretário de estado da cultura do Piauí, Fábio Novo. A revitalização do Porto das Barcas vai oferecer ao turista um passeio histórico por ruas estreitas, becos e vielas, contemplando uma arquitetura neoclássica. As edificações são em pedra reajuntadas com pó de ostras e óleo de baleia, preservados há quase 300 anos. A região foi um grande centro comercial, que viveu os ciclos do charque e da carnaúba, quando recebeu vapores e embarcações da Europa.
Fotos: João Albert
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