A escritora chavalense Rosinha (ou Rosilene) Maciel lançará seu livro de poesia “Entre a Lua e o Mar” no dia 08 de março de 2020 em Chaval/CE. O evento será no Restaurante Gamboas e fará parte das comemorações ao dia internacional da mulher em Chaval(I Encontro Empoderamento Feminino) com início ás 17h.
O Livro é editado pela editora paulista Costela Felinas e traz composições poética que reverencia os instantes cotidianos em temas como o amor, a natureza e observações da autora. São poesias que se comunicam entre si e evidenciam o observar da escritora sobre os temas citados. Poesia pura, minada da fonte inspiradora de Rosinha Maciel.
A mediação do livro, na ocasião do lançamento, ficará por conta do também escritor e poeta chavalense Marcello Silva.
O blog esteve em dezembro (2019) na residência da escritora conversando sobre sua poética e um pouco da sua rotina. Confira abaixo um pouco desse diálogo transcrito pela redação:
Chavalzada - Como você começou a escrever?
Rosinha: Quando criança... até aos 17 anos eu escrevia muito. Sempre gostei de escrever mais poesia, mas só que antes meu estilo era diferente... Tinha tanto caderno aqui em casa que eu não sabia nem o que fazer (risos). Quando viajei para Fortaleza (para trabalhar) parei de estudar e também parei de escrever e de desenhar que era minha paixão. Desde então passei 14 anos sem desenhar e sem escrever também. Quando foi ano passado (2018) surgiu a ideia de eu voltar a estudar. Achava que não tinha mais ‘cabeça’ pra isso, mas minha mãe insistiu muito e eu acabei indo.
CH - Então você passou 14 anos sem escrever e apenas em 2018 que você voltou a escrever? Como foi esse reinício?
Rosinha: Sim, foi. No primeiro dia de aula a professora (Conceição) pediu para fazer um texto que podia ser uma redação, poesia... alguma coisa. Eu fiz uma poesia e ela gostou muito e disse: “nossa Rosilene você já escrevia? Está tão linda essa poesia.” Eu respondi que há 14 anos eu escrevia, mas agora a primeira vez desde então. Ela respondeu que eu não parasse mais que quem sabe sairia até um livro, futuramente.
CH - Como esse período de redescoberta da escrita na escola?
Rosinha: Foi muito difícil porque a Maria Eduarda (filha) era bem novinha e ela ficava chorando quando eu ia para escola e eu ia quase chorando também. Carlos Eduardo (filho) também pequeno e adoecia e eu ficava com pena de deixar eles em casa para ir pra escola, mas pensava em um futuro melhor pra eles. Tive muito apoio da escola, professores. Escrevi muito texto na escola e desenhei também, nas aulas de artes todo mundo pedia para eu desenhar (risos)
CH - Foi a partir desse reencontro com a literatura que você começou a escrever poesia em cordel? Como foi esse processo?
Rosinha: Na escola, fomos estudar o gênero cordel e então comecei a me interessar mais e passei a escrever cordel. Foi um reencontro com a literatura brasileira. A cada biografia estudada eu procurava encontrar livros do autor, comprava ou procurava na internet. Foram muitos livros adquiridos.
CH - Recentemente você participou de algumas coletâneas literárias em nível nacional. São quantas?
Rosinha: É... Tem a “Antologia Arte Poética” que foi a primeira. Já estou participando da segunda edição; “Antologia Reduto dos Poetas” também; “Alvorecer” e “Mil Poemas Pela Democracia” e tem um livro em formato de calendário que ainda vou receber. Fiquei no dia 17 de janeiro nesse livro-calendário.
CH - É perceptível que um de seus principais meios de divulgação da sua literatura é a internet através das redes sociais, em especial o Facebook. Nos fale um pouco sobre esse engajamento.
Rosinha: Olha! Conheci tanta gente de 2018 pra cá. Tanto escritores(as) legais que nos permite um intercâmbio. Quando o Correios chega aqui em casa já sei que é livro pra mim (risos).
CH - Inclusive, a internet nos permite dialogar com autores de outros países. Você tem parceria com escritor de outro país?
Rosinha: Sim, sim. Tenho. Nessas coletâneas tem escritores de outros países. Por exemplo com Eufrásio Steper de Luanda, já escrevi vários poemas juntos. Se escolhe um tema e cada um faz uma estrofe e depois junta. No Brasil tenho dois amigos cordelistas que é o Lino Sapo e o Júnior Baladeira que fazem um trabalho muito bom. Uma coisa é conhecer a biografia como de Bráulio Bessa e Patativa, por exemplo e outra coisa é você dialogar e trocar ideia com o autor, por isso sou apaixonado pelo trabalho do Lino e do Junior.
CH - Então suas referências na Literatura seriam...
Rosinha: Comecei a escrever cordel inspirada no Patativa lá na escola, onde tive acesso a trabalho dele. Mas atualmente me inspiro no que rodeia, nos escritores da terra. Gosto muito do trabalho do Tadeu Durval que é daqui (Chaval) e sempre gostei do trabalho dele. Desde criança que conheço ele e sempre o vejo recitando suas poesias.
CH - Esse trabalho está muito lindo... (Folheando os cordéis de Lino Sapo)
Rosinha: Está muito lindo. Gostei bastante. Ainda nem tive tempo de ler. Quem está lendo é a mãe, ela é apaixonada por livros. Quando chega livro aqui, ela é a primeira pessoa que ler (risos)
CH - E seus projetos literários... O que podemos esperar?
Rosinha: Penso um dia publicar um dia essas estórias que invento pro Dudu e a Eduarda (filhos) seria um livro infantil. Mas por enquanto está saindo um de poesia “Entre a Lua e o Mar” (editado pela Editora Costela Felina) e um romance que pretendo escrever em 2020.
Diálogo realizado dia 08 de dezembro de 2019. – Chaval/CE – Brasil.
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