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A Vida Invisível | Filme do diretor cearense Karim Aïnouz disputa vaga no Oscar 2020

Fernanda Montenegro dá vida à Eurídice Gusmão . Foto: Divulgação

O filme do cearense Karim Aïnouz, "A Vida Invisível", foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2020. A anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (27) pela Academia Brasileira de Cinema em coletiva. A produção desbancou outros 11 longas na disputa, entre eles "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho.


O longa estrelado por Fernanda Montenegro estreia no Brasil dia 31 de outubro e concorre a vaga de Melhor filme em língua estrangeira. 

Como nos dois anos passados, o filme foi escolhido por uma comissão especial indicada pela Academia Brasileira de Cinema. Presidida por Anna Muylaert, diretora de "Que Horas Ela Volta?", ela contou ainda com oito nomes fortes do setor, como Amir Labaki, idealizador do festival de documentários É Tudo Verdade; Ilda Santiago, diretora de programação do Festival do Rio; e Walter Carvalho, um dos diretores de fotografia mais renomados do país.



Vale ressaltar que a indicação pela comissão especial não garante que o filme chegue à próxima cerimônia do Oscar, marcada para 9 de fevereiro do ano que vem.

Depois de cada país apontar seu representante, um comitê de 300 pessoas em Los Angeles assiste a cada um dos títulos e escolhe seis deles para a categoria. As três vagas remanescentes são definidas por um grupo paralelo, formado por membros antigos da Academia que, ao contrário dos colegas na ativa, são menos assediados pelos agentes das produções.

A última vez em que o Brasil concorreu na categoria, até o ano passado chamada de melhor filme em língua estrangeira, foi em 1999, com "Central do Brasil". O longa de Walter Salles estrelado por Fernanda Montenegro perdeu para o italiano "A Vida é Bela", de Roberto Benigni.

Apesar dessa ausência de duas décadas - ou por causa dela - o histórico de escolha do título é pontuado por polêmicas. Em 2010, quando o filme era decidido por um comitê indicado pela Secretaria Audiovisual, do Ministério da Cultura, a seleção da biografia chapa-branca "Lula, o Filho do Brasil" foi criticada por outros cineastas.

Diretor cearense Karim Aïnouz . Foto: Lucas Menezes

Há três anos, "Aquarius", de Kléber Mendonça Filho, foi preterido por um longa que sequer tinha estreado no circuito brasileiro, "Pequeno Segredo", de David Schurmann -que integra a comissão especial de seleção este ano.

Então, o setor apontou revanche política, uma vez que, naquela edição de Cannes, Mendonça Filho, a equipe e o elenco do filme levaram ao tapete vermelho cartazes contra o impeachment de Dilma Rousseff.

No ano passado, quando já estava em vigência a parceria com a Academia Brasileira de Cinema, a comissão especial selecionou "O Grande Circo Místico", de Cacá Diegues, para o páreo. O filme, que tinha tido recepção crítica morna em relação a outros títulos inscritos, como "Benzinho", de Gustavo Pizzi, não foi pescado por Hollywood.

Sinopse

No filme de Aïnouz, Eurídice é uma jovem talentosa, mas bastante introvertida. Guida é sua irmã mais velha, e o oposto de seu temperamento em relação ao convívio social. Ambas vivem em um rígido regime patriarcal, o que faz com que trilhem caminhos distintos: Guida decide fugir de casa com o namorado, enquanto Eurídice se esforça para se tornar uma musicista, ao mesmo tempo em que precisa lidar com as responsabilidades da vida adulta e um casamento sem amor.









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