Foto: Camila Lima/G1 |
O corretor de imóveis e mergulhador nas horas livres Oscar Moreira pensou ter avistado uma garrafa no fundo do mar do litoral de Fortaleza. O artefato foi localizado a quatro quilômetros da Praia de Iracema. Ele retirou parte da sujeira e voltou para a superfície ainda pensando se tratar de um objeto antigo, mas não esperava que fosse uma bomba.
A peça foi achada no domingo (30), e o risco de ter nas mãos um material explosivo só foi dado pelos amigos oficiais de reserva da Marinha do Brasil, para quem Oscar encaminhou as imagens. A suspeita é de que se trate de uma cápsula explosiva não detonada, de uso em bateria antiaéreas. A bomba estava fincada na areia a aproximadamente 11 metros de profundidade.
"Eu mandei fotos para amigos da Marinha, só depois que percebi que estava correndo um grande risco", afirma Oscar. Ele praticava mergulho livre com o amigo Régis. Eles estavam de caiaque e entraram na água numa área onde comumente são encontradas peças da década de 1940, quando Fortaleza era uma área estratégica de transporte marítimo tanto com fins comerciais como militares.
"Eu fiquei logo com medo, assustado, não quero passar mais nem um dia com essa peça comigo. É um risco grande", afirma Oscar, que entrou em contato com a Capitania dos Portos, em Fortaleza, para poder entregar a bomba.
Origem da bomba
De acordo com o pesquisador Augusto Bastos, a bomba deve ter chegado ao local no período da Segunda Guerra Mundial, mas não se sabe a que equipamento militar ela pertenceu. "É cedo para dizer a origem dela, se veio de uma bateria antiaérea em terra, que havia esse equipamento em Fortaleza, ou mesmo de algum canhão em navios mercantes. Outra possibilidade é ter caído de algum avião. Uma investigação a partir do número de série da munição que poderá afirmar a origem do material. O que é mais preciso é que a peça não está detonada."
Embora não tenha havido confrontos no período da Segunda Guerra Mundial, o Brasil, após a entrada na guerra ao lado dos Estados Unidos, armou a sua costa nos pontos mais estratégicos, como é o caso do litoral cearense. O historiador Henrique Braga aponta que o primeiro tiro brasileiro contra um submarino alemão ocorreu no mar do Ceará. Este submarino estaria, portanto, em águas cearenses, mas nunca foi localizado.
A bomba foi entregue na tarde desta quarta-feira (3) à Capitania dos Portos, em Fortaleza. O G1 acompanhou o recebimento pelos oficiais da Marinha, que preferiram não dar entrevista. Um dos militares chegou a sugerir, como hipótese, que se trate de uma espoleta graduada, ou seja, a bomba regularia a profundidade em que iria explodir.
A Capitania dos Portos recomenda que materiais desconhecidos encontrados no fundo do mar devem permanecer no local, devido ao risco de explosão.
Fonte: G1/CE
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