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Tartaruga-gigante recebe monitoramento via satélite após desova na Pedra do Sal em Parnaíba/PI

Foto: Instituto Tartarugas do Delta

Pesquisadores do Instituto Tartarugas do Delta, no Litoral do Piauí, implantaram um dispositivo de monitoramento via satélite no enorme casco de uma tartaruga-gigante, a maior espécie de tartaruga marinha. O aparelho vai ajudar os pesquisadores a entender melhor a rota desta espécie na costa brasileira.

A implantação do dispositivo aconteceu durante a madrugada de quarta-feira (19), na praia da Pedra do Sal. Segundo o Instituto Tartarugas do Delta, o animal mede 168 centímetros de comprimento e pesa entre 500 a 700 quilos. Depois da implantação, ela voltou ao mar.

Segundo a bióloga Werlane Mendes, a tartaruga pode voltar às praias piauienses em 2022. A tartaruga foi marcada pelos pesquisadores há cerca de 10 dias e voltou à costa nesta quarta-feira (19), quando recebeu o dispositivo de monitoramento. O objetivo dos biólogos é saber quais são os outros pontos de desova da espécie.

“Essas tartarugas confeccionam ninhos novos a cada 10 dias. A partir desse transmissor, vamos entender o tamanho dessa área de identificação. Onde ela vai? Para as ilhas do Delta do Piauí, para Camocim, no Ceará? Vamos saber com os resultados desse monitoramento”, explicou Werlane Mendes, do Instituto Tartarugas do Delta.

A tartaruga-gigante, também conhecida como tartaruga-de-couro, por causa da textura do seu casco, é a maior espécie de tartaruga marinha. Elas vivem nos oceanos e as fêmeas se aproximam do continente a cada dois ou três anos, apenas para desovar.

A pesquisa sobre as tartarugas-gigantes que visitam o Piauí começou ainda em 2014, quando os animais começaram a ser marcados. “Sem recursos suficientes, não pudemos acompanhar essas tartarugas nos anos seguintes”, disse a bióloga

O monitoramento iniciado nesta quarta-feira (19) é financiado pela Shell Brasil, está previsto para durar até junho de 2020. Os recursos vieram depois que a ONG conseguiu comprovar a importância da costa piauiense para a preservação desta e de outras espécies de tartarugas marinhas.

O desafio da ONG agora é trabalhar para que a pesquisa dure pelos anos seguintes, até que a tartaruga volte para as praias do Piauí. “Daqui a um ano são outras fêmeas que vem ao Piauí. Esta que esta marcada hoje deve vir até 2022”, disse.
Foto: Instituto Tartarugas do Delta

As pesquisas do Instituto Tartarugas do Delta, junto com o Instituto Chico Mendes, Serviço Social do Comércio (Sesc) e das universidades Federal e Estadual do Piauí, revelaram que o Litoral do Piauí, menor em extensão, abriga pontos de desova de todas as cinco espécies de tartaruga marinha encontradas nas praias brasileiras.

Segundo a bióloga Werlane Mendes, três espécies de tartarugas chegam todos os anos às praias do Piauí: a tartaruga-gigante, tartaruga-de-pente e a tartaruga-oliva. Além destas, as espécies tartaruga-verde e tartaruga-cabeçuda também aparecem por aqui, mas sem uma frequência padronizada.

Além disso, a costa do Piauí é especial porque o período de desova acontece em épocas diferentes das registradas em outras regiões do Brasil. “Essa informação permitiu que o Piauí fosse reconhecido como área importante para a conservação da tartaruga marinha”, comentou a bióloga.

A desova acontece nas praias do Arrombado, Luís Correia e Pedra do Sal. As descobertas aumentam a importância da preservação da costa piauiense. “A pesquisa apresenta um litoral diferente, com novas propostas de investimentos sobre a área ambiental”, disse Werlane Mendes.

Fonte: G1/PI






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