O estudante Rodrigo Quixava se apresentou à polícia nesta quinta-feira (6) e prestou depoimento ao delegado Cristian Mascarenhas. Ele é acusado de agredir a socos a árbitra Eliete Maria Fontenele durante partida de futsal na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Litoral do Piauí.
O depoimento do estudante durou cerca de uma hora. Ao delegado, ele reafirmou que não teve a intenção de agredir a árbitra e que não a agrediu só porque era uma mulher.
Rodrigo Quixaba foi liberado após o depoimento, já que o laudo de corpo de delito da vítima apontou lesão corporal leve e diante do resultado foi registrado apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência.
Carlos Henrique Quixaba, advogado e irmão do estudante, informou que aguarda audiência marcada para o dia 1º de julho.
A advogada da árbitra, Taise Cristine, revelou que vai entrar com o pedido de indenização por danos morais contra o agressor. Para ela, o fato enquadra-se como violência de gênero.
"Eu defendo a tese de violência de gênero, pelo fato dela ser mulher, representando uma minoria, com certeza o agressor se encorajou desse fato. Agredida da forma como a Eliete foi, a socos, ele se valeu da posição masculina para cometer essa covardia com ela", pontuou.
Agressão
Eliete era a segunda árbitra da partida quando os dois times se desentenderam e atletas adversários passaram a se agredir. A árbitra então puniu três jogadores com cartão vermelho. Um deles atacou a árbitra a socos.
O vídeo, feito por outro aluno que assistia à partida, registra o momento em que o suspeito desfere três socos contra o rosto da árbitra, que cai no chão. Eliete Maria teve o lábio cortado.
Processo administrativo
Nessa terça-feira (4), a Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) abriu processo administrativo para analisar o desligamento ou suspensão do estudante. O caso foi encaminhado para análise da reitoria em Teresina e resultado deve sair em 30 dias.
O advogado acrescentou que ainda vai à universidade para saber como ficou a situação dele, já que a instituição informou estar avaliando o regulamento para saber se o caso é passível de expulsão.
Fonte: G1/PI
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