Ai que vida / Divulgação |
A cidade fictícia de Poço Fundo, onde se passa o filme, é um retrato bem-humorado do interior do Piauí e Maranhão em período eleitoral: corrupção, troca de favores e compra de votos são o bojo de uma trama de romance que revela comportamentos, hábitos e expressões locais. “Nam, mermã, nam, o Jerod tem carro!”, dizia Mona, personagem de Sara Castro que caiu no gosto popular e é lembrada até hoje pelo famoso bordão.
Filmado nas cidades de Teresina e Amarante, no Piauí, e Esperantinópolis, Poção de Pedras e Timon, no Maranhão, o longa-metragem com 1h30 de duração retrata os desmandos políticos do prefeito Zé Leitão do Rabo Preso, do PMC – Partido Magote dos Cornos, juntamente com a vereadora Xica do Ponte, interpretados por Feliciano Popô e Solange Nolêto. “Uma coruja dessa!”, exclamava o personagem ameaçado pela candidatura da pequena empresária Cleonice, interpretada pela atriz Toinha Catingueiro.
O enredo tem seu clímax quando Cleonice se revolta com a situação de abandono sofrida pelos moradores ludibriados. Entre os acontecimentos, está a morte de uma criança por ter tomado remédio para verme, vencido, fornecido pela vereadora em troca de voto. A curiosidade é que, durante a gravação desta cena, as pessoas que passavam pelo local se solidarizavam, achando se tratar de um velório de verdade.
“É na Cleó / É na Cleó / É na Cleó / É na Cleó / É na Cleó / ó, ó, ó, óóó / É na Cleó que eu vou votar / Pra Poço Fundo ‘mar meió’ ficar”, dizia o jingle da campanha eleitoral da candidata do PVP – Partido das Viúvas Poço-Fundenses. “Até hoje recebo convites para o filme ser exibido como plataforma de conscientização do voto”, conta o cineasta sobre solicitações de órgãos como o TRE – Tribunal Regional Eleitoral. “Se eu fosse regravar o filme, não faria nada diferente. Mesmo com todos os problemas técnicos, é um registro”, diz ele.
Em meados dos anos 2000, longe da popularização de plataformas como a Neftlix, o filme foi assistido por milhões de pessoas, apesar de terem sido produzida apenas 300 cópias originais. Exibido em Teresina e São Luís, o filme reuniu 15 mil pessoas, superando o público de “Harry Potter e a Ordem da Fênix” nos cinemas de Teresina. “Em um só vídeo disponível na internet, a visualização chega a 3 milhões. Certa vez, na Rodoviária de Peritoró, no Maranhão, um ambulante contou ter vendido 400 cópias em um só dia”, conta Cícero sobre ação da pirataria. “Até tribo de índios, próximo a Arame, no Maranhão, já tinha assistido”.
Assista:
Fonte: Revestrés
Viu algum erro na matéria? Avise pra gente por aqui ou nos comentários.
Se inscreva no nosso canal no YouTube!
Quer receber conteúdo EXCLUSIVO? Se inscreva na nossa área vip clique aqui
Curta nossa página no Facebook www.facebook.com/chavalzada
Siga nosso perfil no Instagram www.instagram.com/chavalzada
Baixe nosso aplicativo móvel www.app.vc/chavalzada
Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos!
0 Comentários
Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos! As opiniões contidas nos comentários são de responsabilidade dos autores dos mesmos.