Com o intuito de proteger o Piauí de possíveis focos de peste suína clássica, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) mais uma vez fortalece a fiscalização nas passagens existentes ao longo da divisa do Piauí com o Ceará e realiza visitas às propriedades localizadas nessa região. O trabalho é realizado com suporte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“A peste suína clássica tem um grande poder de disseminação e essa ação tem como objetivo intensificar a vigilância para evitar a introdução do vírus no Piauí”, afirmou a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos, Thaís Santos.
Após os recentes casos da doença no Ceará, o trânsito dos suídeos, porcos e javalis daquela região está oficialmente proibido nos demais estados vizinhos. No Piauí, atualmente se tem um rebanho aproximado de 1.700.000 cabeças e, apesar de ser considerado zona não livre de peste suína clássica, não possui nenhum registro da doença.
Em se tratando das características sintomáticas e particularidades da peste suína clássica, é importante ressaltar que o vírus da doença não acomete humanos, no entanto, por ser de rápida disseminação, pode ter grande impacto sobre a economia, o que faz emergente a necessidade de fiscalizações ativas. “Nas propriedades, uma vez que haja a suspeita de PSC, nós procedemos de acordo com a legislação, aprofundando as investigações para descartar ou confirmar a ocorrência da doença. E nas barreiras, os fiscais verificam a entrada dos animais no estado”, afirmou Thaís Santos.
A Adapi pede à população piauiense que, em caso de suspeita da doença ou conhecimento sobre qualquer trânsito irregular de porcos e javalis, informe ao escritório mais próximo da agência. A orientação é que se adquira produtos provenientes apenas de animais saudáveis e que, ao realizar transporte entre municípios, se busque sempre portar a guia de trânsito animal (GTA) e que não dê aos animais restos de alimentos.
A doença caracteriza-se pela alta mortalidade de animais e os principais sinais clínicos são: febre alta, lesões hemorrágicas (manchas avermelhadas) na pele e extremidades (orelhas, membros, focinho e cauda), constipação intestinal seguida de diarreia, vômito, sinais nervosos, conjuntivite, falta de apetite, fraqueza e problemas reprodutivos (aborto, natimorto e repetição de cio).
Como a peste suína é transmitida:
– Contato direto entre animais (secreções, excretas, sêmen, sangue);
– Propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas;
– Utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais;
– Infecção transplacentária.
Fonte: ASCOM
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