Em uma crise sem precedentes nos últimos anos, caminhoneiros de todo o Brasil e o governo federal travam um embate que tem como causa principal o elevado custo do diesel. Desde a última segunda-feira, a categoria bloqueia estradas em praticamente todos os estados do País, inclusive do Ceará, protestando e solicitando a redução dos tributos e também a revisão da política de reajustes de preços da Petrobras. Nem mesmo a redução de 10% no diesel nas refinarias, que teria uma diminuição de R$ 0,25 por litro, e o congelamento dos preços por 15 dias anunciado pela Petrobras foram suficientes para acabar com o protesto.
As sucessivas tentativas de acordo entre a categoria e o governo – que já acenou com a retirada das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o diesel, mas reonerando a folha de pagamento de diversos setores, e também com a redução do PIS/Cofins e fixação de alíquota máxima de ICMS – ainda não tiveram resultado, prolongando a paralisação dos profissionais, que chega hoje (24) ao seu quarto dia.
O presidente Michel Temer pediu uma “trégua aos caminhoneiros de 3 dias para encontrar solução”, mas a categoria manteve a greve, após mais uma reunião infrutífera com o governo. Segundo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, o governo não apresentou nenhuma proposta à categoria na reunião de ontem (23). Já a Associação Brasileira dos Caminhoneiros disse que o governo federal prometeu que o setor de transportes de carga não será reonerado na folha de pagamento antes de 2020.
Enquanto isso, crescem os efeitos da crise, que vão da bomba de combustível, onde o preço da gasolina quebrou a barreira dos R$ 5 no Ceará, à mesa da população, na qual os alimentos podem faltar ou encarecer.
O Ceará, assim como outros estados, enfrenta também o risco de desabastecimento de combustíveis, o que pode afetar não apenas os cidadãos comuns, mas diversas cadeias produtivas da economia. No Porto do Pecém, o maior do Estado, a movimentação de cargas já registrou redução. Os transportes rodoviário e aéreo são outros setores impactados, bem como os serviços dos Correios. Em algumas cidades do País, a frota de ônibus está sendo reduzida devido ao valor do diesel. Esse problema, contudo, ainda não afeta Fortaleza. Mas os protestos seguem crescendo. Ontem, além da paralisação dos caminhoneiros, a Capital também registrou manifestação de reboques contra o atual valor dos combustíveis.
Em meio à crise que se instalou no País, o governo continua buscando soluções para reduzir o preço dos combustíveis, mas sempre apontando como possível contrapartida a reoneração de outros setores. Enquanto isso, a economia sente os efeitos negativos, que podem se agravar nos próximos dias.
Fonte: Diário do Nordeste
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