Nos dois primeiros meses de 2017, 39 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) tiveram aumento de volume. O aporte de 135,8 milhões de metros cúbicos (m³) já é maior do que a recarga registrada no mesmo período dos últimos cinco anos, de acordo com dados do último boletim da companhia, em 28 de fevereiro.
As recargas nos açudes cearenses, nos dois primeiros meses dos últimos anos, foram: 0,77 bilhões de m³, em 2016; 0,75 bilhões de m, em 2015; 1,16 bilhões de m³, em 2014; 0,95 bilhões de m³, em 2013; e 0,92 bilhões de m³, em 2012.
Os principais açudes que receberam recargas foram Acarape do Meio, Angicos, Aracoiaba, Araras, Banabuiú, Castanhão, Edson Queiroz e Pedras Brancas. A Cogerh aponta que o aporte permitiu ao Santo Antônio de Aracatiaçu sair da situação de volume morto. Outros reservatórios deixaram de estar seco: Barra Velha, Santa Maria de Aracatiaçu, São José I, Sousa e Tijuquinha.
Apesar do aporte significativo, 134 reservatórios ainda estão com volume abaixo de 30%, e apenas um açude, o Caldeirões (Saboeiro), está com volume acima de 90%.
A Cogerh monitora 153 açudes em 12 bacias hidrográficas, com capacidade total de 18,64 bilhões de m³. Atualmente, esses reservatórios estão com volume de 1,21 bilhão de m³, ou seja, 6,51% da capacidade total.
O Castanhão, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza, está com apenas 5,16% da capacidade total de armazenamento, segundo os dados do Portal Hidrológico, nesta quarta-feira, 1º.
Último prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontou 43% de chances para o volume de chuvas no Ceará ficar dentro da normalidade. A preocupação é com a escassez de chuvas nas regiões dos açudes estratégicos para o abastecimento do Estado.
Durante a divulgação do prognóstico da Funceme, presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), João Lúcio Farias, informou que o Governo está em fase de estudos para a construção de 16 adutoras emergenciais em cidades a serem selecionadas de acordo com a demanda hídrica. Em paralelo, a perfuração de poços deve atender todas as regiões do Ceará.
O boletim do dia 28 de fevereiro da Cogerh informa que 51 açudes estão com volume morto, em que somente é possível captar o que resta da água com bombas flutuantes. O volume morto é quando o nível fica abaixo da tubulação feita para liberar a água acumulada. Outros 32 reservatórios têm volume seco, o que significa que a água está em quantidade mínima e não tem possibilidade de uso.
Açudes com volume morto:
Amanary, Barra Velha, Batente, Broco, Capitão Mor, Castro, Catucinzenta, Cipoada, Escuridão, Farias de Sousa, Figueiredo, Flor do Campo, Fogareiro, Forquilha, Frios, Gerardo Atimbone, Jaburu II, Jatobá, Jatobá II, Jenipapeiro II, João Luís, Junco, Macacos, Malcozinhado, Mons.Tabosa, Parambu, Patu, Pentecoste, Pesqueiro, Poço da Pedra, Poço do Barro, Pompeu Sobrinho, Premuoca, Quincoé, Quixabinha, Riacho da Serra, Riacho do Sangue, Rivaldo de Carvalho, Santa Maria, Santa Maria de Aracatiaçu, São Domingos II, São José I, São José II, São José III, Sitios Novos, Sousa, Sucesso, Tejuçuoca, Tigre, Várzea da Volta e Várzea do Boi.
Açudes com volume seco:
Adauto Bezerra, Barragem do Batalhão, Bonito, Canafístula, Carão, Carmina, Carnaubal, Cedro, Desterro, Ema, Faé, Favelas, Forquilha II, Jenipapeiro, Jerimum, Madeiro, Monte Belo, Nova Floresta, Pau Preto, Penedo, Pirabibu, Potiretama, Quixeramobim, Salão, Santo Antônio, Santo Antônio de Russas, São Domingos, São Mateus, Serafim Dias, Trapiá II, Umari e Vieirão.
Informa do O POVO Online, link
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