Entre US$ 0,60 e US$ 5 a cada mil views, em média, com alguns casos acima ou abaixo desses valores. Isso é uma estimativa, já que o algoritmo usado pelo YouTube é secreto e é praticamente impossível determinar, com exatidão, qual a fórmula usada e qual o peso de cada variável (entenda abaixo). E o valor varia radicalmente caso a caso. O vídeo mais lucrativo da youtuber Bia Jiacomine, dona do canal Eu Não Sou Amélia!, teve 50 mil visualizações e chegou a fazer US$ 3,25 de lucro a cada mil views. Bia tem 34 mil inscritos e 1,5 milhão de visualizações totais. Dá para fazer uma grana. Mas é pouco se comparado a um gigante como PewDiePie, que tem mais de 36 milhões de inscritos e 8,8 bilhões de visualizações (dados de maio). Estima-se que ele tenha um faturamento de algo entre US$ 800 mil e US$ 8,4 milhões por ano com seu canal. E aí, quer entrar nessa?
VIEWS MONETIZADOS
Para ser parceiro do YouTube e poder colocar anúncios, você precisa ter 100% do direito autoral dos seus vídeos (usar música de banda famosa já quebra essa regra). O que conta para o YouTube são apenas as visualizações monetizadas, ou seja, aquelas em que a pessoa interage com um anúncio. Para o ad contar como visto, é preciso que a pessoa clique nele ou, no caso de vídeos, que assista pelo menos 30 segundos
Curiosidade: Usar Adblock e similares faz com que seu view não seja monetizado
CUSTO POR MIL
CPM (abreviação de “custo por mil”) é o valor que o anunciante paga ao YouTube a cada mil views monetizados de um vídeo. Sabe-se que o valor do CPM varia muito, o tempo todo, e o YouTube não é transparente em relação aos critérios. Tudo entra na conta: desde o valor que o anunciante se dispõe a pagar até a relevância dos canais de veiculação. Por isso não há uma tabela de valores. Mas a média é 1 dólar e pouco por mil views
COTA DO YOUTUBE
O YouTube não repassa integralmente o valor do CPM ao dono do canal. Ele retira uma cota antes (o “revenue share”), que é parte de suas fontes de receita. A empresa não divulga o valor oficial de sua cota, mas a cifra que circula em toda a internet, inclusive em veículos especializados, como o Business Insider, é de 45%
TIPOS DE ANÚNCIO
– Anúncio Gráfico é aquele que aparece ao lado do vídeo que você está assistindo. Só para PC
– Anúncio de Sobreposição é aquele banner semitransparente que fica sobre o vídeo. Só para PC
– Anúncio de Vídeo Ignorável é aquele comercial pulável que passa antes, no meio ou depois do vídeo. É o tipo mais popular e pode ser visto no computador, celular, smart TV e videogame
– Anúncio de Vídeo Não Ignorável, como o nome já diz, são comerciais que não podem ser pulados. Duram até 30 segundos e estão apenas no computador e celular
ENVOLVIMENTO
A pergunta que não quer calar: número de inscritos, curtidas, comentários e visualizações contam na grana feita? Apenas indiretamente. O que acontece é que os canais que bombam nesses aspectos geram mais envolvimento (em inglês, “engagement”) e, por consequência, ganham destaque em mecanismos de busca e recomendações. Isso faz diferença no valor de CPM
PAGAMENTO
A contabilidade disso tudo e os pagamentos são feitos com o sistema AdSense, do Google (dono do YouTube), que também contabiliza anúncios em blogs. Cada vez que você acumula US$ 100, o Google faz uma transferência eletrônica internacional para a sua conta bancária cadastrada. Caso você não alcance US$ 100 em um mês, o valor é acumulado para o mês seguinte
NETWORKS
Algo legal que surgiu são as multi-channel networks, empresas privadas que gerenciam e oferecem suporte a canais em troca de uma porcentagem dos rendimentos. Elas oferecem estrutura, mediam transações e podem trazer oportunidades de ganhos. Se um usuário se associa a uma, deixa de ser parceiro do YouTube, que passa a lidar somente com a rede
Curiosidade: Exemplos de networks: Vevo, Machinima (Inside Gaming), Defy Media (Smosh, Screen Junkies) e Maker Studios (PewDiePie, Epic Rap Battles of History)
FONTE$ ALTERNATIVAS
Outras formas de ganhar dinheiro com seus vídeos
Os canais também podem buscar formas diferentes de lucrar, como fazer merchandising (usar ou anunciar um produto dentro do próprio vídeo). A vantagem dessa prática é que o YouTube não come parte do lucro – embora ele deva ser notificado e a ação deva estar de acordo com sua política de anúncios. E, se você for músico e usar o YouTube para veicular suas canções originais, o ECAD (Escritório Nacional de Arrecadação e Distribuição) pode repassar para você um valor baseado nos direitos autorais sobre o total de reproduções – mesmo princípio usado para remunerar os donos das canções tocadas no rádio
FONTES: Mundo Estranho, Assessoria de imprensa do Google, sites Social Blade, Business Insider, The Trichordist e canal Professor Puppet do YouTube, link
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