“Mulher é bicho esquisito: todo mês sangra!”. Essa frase está na música “Cor de Rosa Choque” de Rita Lee, e resume com humor uma característica biológica essencialmente feminina: a menstruação.
Durante o período fértil da vida, todas as mulheres sangram uma vez por mês, por mais ou menos 5 dias e 5 noites, que às vezes parecem intermináveis, principalmente quando este período vem acompanhado por outros desconfortos temidos como as cólicas e/ou precedido pela famosa TPM que atormenta não só a mulher, mas as pessoas à sua volta. Definitivamente, não é fácil. Ciclamos todos os meses férteis. E sangramos quando a concepção não se faz.
Algumas dúvidas acompanham as mulheres há milênios: o que fazer com este sangue que escoa pelo canal vaginal? Onde se pode armazená-lo? Onde pode ser descartado? Como conseguir manter as atividades e tarefas do dia a dia com este “incômodo”? Estas questões foram solucionadas de variadas e criativas maneiras pelas mulheres, de acordo com seus hábitos e suas culturas, nas muitas épocas da história humana.
Nos tempos modernos a cultura ocidental nos apresentou os absorventes descartáveis. Há vários tipos, formatos, tamanhos e modos de utilização destes absorventes que podem ser de uso interno ou externo. Mais importante que tudo: funcionam e atingem seu objetivo maior; que é o de dar mais conforto à mulher e permitir que a vida continue, posto que as atividades diárias não são prejudicadas.
No entanto, outro “dispositivo” tem conquistado a confiança de muitas mulheres e sua procura tem aumentado consideravelmente no Brasil nos último anos: são os coletores menstruais. O que são?
Coletores menstruais são pequenos “copinhos” de silicone, dobráveis, que devem ser introduzidos no canal vaginal para, literalmente, coletar a menstruação.
O coletor deve ser cuidadosamente dobrado e introduzido no canal vaginal onde fica preso pelo vácuo que faz, quando é desdobrado e posicionado. Há algumas técnicas para sua introdução. Segundo as mulheres que o utilizam, não é nada complicado. Quando se pega o jeito, fica tão fácil como andar de bicicleta.
As mulheres que o utilizam garantem que, quando devidamente posicionado, o escape de sangue é zero, o que os torna bastante seguros.
O sangue menstrual vai “pingando” dentro do coletor, que deve ser esvaziado de tempos em tempos, dependendo da intensidade do fluxo.
Recomenda-se ficar com o coletor pelo prazo máximo de 12 horas. O sangue deve ser descartado no vaso sanitário e o coletor pode ser reutilizado, depois de higienizado com água e sabão. Após o período menstrual recomenda-se a esterilização do coletor com água fervendo, para que possa ser reutilizado novamente no próximo ciclo.
Por isso, uma das vantagens dos coletores é a econômica. Um coletor custa em torno de R$100,00 e pode durar até cinco anos.
As mulheres que o utilizam não referem desconforto físico e garantem que as noites de sono e a prática de esportes são tranquilas quando estão com o coletor. Não há cheiro, pois o sangue coletado não entra em contato com o ar ambiente. Outra vantagem é a ecológica: os absorventes internos ou externos são de difícil descarte.
Novos tempos, novas ideias e novas soluções! Evoluir, inovar, criar e superar obstáculos são apenas algumas de nossas missões neste mundo.
Imagem: Reprodução/Flickr/Michelle Tribe
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