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Ceará registra 16 mortes por H1N1


Já foram registrados 16 óbitos por conta do vírus da Influenza em todo o Ceará, além de 51 confirmações no Estado. Um dos mais preocupantes tem sido o H1N1, que ganhou força nos últimos meses nas regiões sul e sudeste. Entretanto, a previsão é de que, a partir de agora, a tendência seja a diminuição no número de casos da doença. Em 2015, foram contabilizados 85 casos de Influenza, porém, o que acaba gerando preocupação é que nenhuma morte havia sido registrada ano passado. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
Para o infectologista Robério Leite, do Hospital São José (HSJ), referência em doenças infecciosas, o caráter de mutação do H1N1 tem sido crucial em relação à disseminação. "Esse vírus tem uma capacidade de mutação muito grande, então nós não temos ainda nenhum tipo de imunização contra ele. O que acontece é que nesse ano houve aumento nos casos porque provavelmente ele circulou mais no hemisfério norte, já no final da estação de inverno e chegou, principalmente, em São Paulo, vindo para outros Estados", explica, ao também citar o vírus H3N2 e tipo B. Em 2016, no Ceará, os municípios que registraram mortes pela doença, classificada na categoria de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram Caucaia, Fortaleza, Jaguaretama, Juazeiro do Norte, Pereiro, Quixeramobim e Sobral. Segundo o boletim epidemiológico da Sesa, divulgado no dia 3 de junho, na Semana Epidemiológica 21, nenhum das pessoas que morreram eram vacinados contra o vírus.



De acordo com Robério Leite, a vacina ainda é o meio mais eficaz de se proteger da doença. "Não existe prevenção melhor do que ela. Esse ano, felizmente, a cobertura vacinal foi melhor. Sob esse aspecto, os casos devem diminuir, até porque o número de pessoas vacinadas foi maior neste ano", afirma.

Meta
A 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza se iniciou no dia 30 de abril e foi finalizada no dia 20 de maio. A meta era que 1.776.416 fossem imunizadas no Estado. Foram vacinadas 1.622.838, que corresponde a uma cobertura vacinal de 91,35%. A estimativa do Ministério da Saúde era de alcançar 80% do público alvo.
Conforme a Sesa, o objetivo foi alcançado no Estado em todos os grupos prioritários, chegando a uma cobertura de 88,33% entre as crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, 111,98% entre profissionais da saúde, 84,41% das gestantes, 104,55% entre puérperas, 94,62% nos grupos indígenas e 91,08% nos idosos.
Os grupos prioritários foram idosos com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a menores de cinco anos, as gestantes, as puérperas, trabalhadores de saúde, indígenas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Em todo o País, as regiões mais afetadas são o Sul e o Sudeste. No Sul, foram 8.294 casos, e no Sudeste 21.023. O destaque fica para São Paulo, o estado que mais contabilizou casos da doença em âmbito nacional: com 15.825 e 1.451 óbitos. No Brasil, segundo o boletim do Ministério da Saúde, houve 35.445 confirmações, com 3.624 óbitos. Destes, 1.120 pelo vírus do H1N1.
Conforme Robério Leite, geralmente, em relação a doenças infecciosas, após um mês ou dois de aumento espera-se que o número de casos comece a cair, essa seria a curva epidemiológica. Mesmo assim, ele ressalta que os cuidados devem ser mantidos e a atenção deve continuar. "É importante que até ano que vem, mesmo com a redução de casos, por exemplo, as pessoas mantenham a adesão à vacinação", reitera em relação à imunidade. (Colaborou Mylena Gadelha)
Informações do Diário do Nordeste, link da matéria.

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