Hoje, os perigos percebidos pelo indivíduo - conflitos familiares, medo do desemprego, insegurança - favorecem os transtornos de ansiedade. A boa notícia é que há tratamento, medicamentoso e psicoterápico, até a prática de ioga e o convívio com animais de estimação.
Ter sempre em mente a sensação de que é preciso 'lutar ou fugir' ("to fight or to flight") e antecipar as possibilidades de sucesso ou fracasso diante uma situação/evento - seja real ou imprevisto - é uma das características do indivíduo com algum dos distúrbios de ansiedade.
Que o diga a estudante C.C.N, 21 anos, que, desde criança, convive com os sintomas clássicos de ansiedade patológica. "Sempre tive palpitação, frio na barriga, tontura, mão gelada. Quando havia festa no colégio, não conseguia dormir na noite anterior". Para o diagnóstico, C.C.N passou dois meses com acompanhamento psicológico até ser encaminhada a um psiquiatra. Desde a primeira consulta, ficou claro que se tratava de um transtorno de ansiedade relacionado a um quadro de depressão.
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Segundo o psiquiatra Fábio Souza, do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) da Universidade Federal do Ceará (UFC), o conceito de ansiedade é 'elástico', pois abrange desde aquela que é considerada normal (que nos permite levantar toda manhã e realizar as tarefas programadas para o dia) à patológica (que impede ou dificulta a execução de tarefas cotidianas).
"Não existem evidências seguras para definir o limite entre uma e outra, ao contrário dos transtornos de humor onde a tristeza é um sentimento considerado normal e a depressão, patológico", explica o médico.
O futuro é logo ali
A ansiedade é uma sensação que, certamente, já foi experimentada pela maioria das pessoas em algum momento da vida. "Podemos ficar ansiosos em diversas situações, por um motivo bom (uma viagem esperada) ou por um fato que causa vulnerabilidade (realizar uma apresentação para diretores da empresa). Este comportamento pode ser considerado natural e, à medida que há uma adaptação ou resolução da situação que a desencadeou a ansiedade, ela tende a desaparecer", diz a psicóloga Ana Merzel, coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo).
"No entanto, quando a projeção do futuro está excessivamente presente nas decisões, sentimos ansiedade patológica. Ocorre quando avaliamos pequenos perigos como grandes ameaças (desproporcionais ao fato em si), justifica Dr. Fábio Souza, PhD em Psiquiatria pela Universidade de Edimburgo (Escócia).
Segundo ele, a ansiedade está associada ao sistema de gasto de energia (coordenado pelo sistema adrenérgico) do sistema nervoso autônomo. A resposta adrenérgica (ou do sistema nervoso simpático) ocorre com o aumento do ritmo cardíaco, dos pulmões e da pupila entre outros fenômenos biológicos, que implicam em disponibilizar energia para o organismo. São essas reações que preparam o organismo com um todo para a ação de 'lutar ou fugir' diante de um determinado acontecimento.
Contra o preconceito
Dentre as dez maiores causas de afastamento do trabalho em todo o mundo, cinco são devido a transtornos mentais, a exemplo da ansiedade e depressão. Infelizmente, o preconceito e a falta de informação dificultam sobremaneira o diagnóstico, uma vez que muitas pessoas evitam buscar tratamento porque temem o estigma de doente mental.
"Queremos mostrar que doenças psiquiátricas são mais comuns do que se imagina, mas que elas não definem o que a pessoa é", afirma Dr. Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que lançou recentemente (nas redes sociais) a campanha "Eu sou mais", cujo objetivo é combater a Psicofobia.
Informações do Diário do Nordeste, link da matéria.
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