O Escritor chavalense Marcello Silva, autor do Livro O Pescador, participou mês passado do 2º FLAL (Festival de Literatura e Artes Literárias) onde ele cedeu uma entrevista, a qual você pode conferir na íntegra a seguir:
Biografia:
Marcello Silva é Graduado em Contabilidade (UFPI); MBA em Gestão Fiscal e Tributária. Autor do Livro de poesia “O Pescador” (Chiado Editora); participou do projeto literário “Enredados” (Editora Vidráguas); Participou da Coletânea “Natal do Castelo Literário” (Editora Pendragon)
Nasceu na Zona Rural de Chaval/CE, na Fazenda Poção. Começou a rascunhar poesia no ensino fundamental ao observar, nos livros didáticos, os poemas dos grandes mestres da literatura mundial.
É filho de agricultores e morou na zona rural ate aos vinte anos, onde aprendeu a observar a natureza e pescar a poesia de seu silêncio.
Atualmente, além de atuar na área contábil é editor dos blogs: Chavalzada, Resenha Contábil e O Pescador.
Entrevista: (Original AQUI)
1 - Carlos Almir Ferreira - O que a poesia representa na sua vida? E por que escolheu este gênero dentre tantos outros?
R – Poesia é respiração. Confunde-se com a minha própria essência de existência. Eu não escolhi, aconteceu. Mas, escrevo e pretendo publicar outros gêneros também.
2 - Dani Silva - Qual a sua inspiração para escrever seus livros?
R – Me inspiro muito no meu cotidiano. No meu povo. Na cultura regional
3 - Claudia Mina - Você acha que um autor precisa de uma editora para a publicação de um livro? Qual a sua visão sobre a publicação independente?
R – Não, necessariamente. Dependendo da editora, às vezes é melhor publicar de forma independente do que com uma editora que não te ajuda na divulgação, propagação e venda da tua obra. A produção independente te dá mais controle sobre tua obra.
4 - Michelle Paranhos - Como você constrói o perfil físico e psicológico do personagem principal de você? E do vilão ou antagonista? Vocês se inspiram em que ou em quem?
R – Primeiro é traçar o objetivo do personagem na trama, a partir daí é elaborar seu perfil baseado no cotidiano e realidade da trama. Pesco da minha realidade alguns traços físicos e psicológicos tanto do protagonista quanto do vilão. Livros, filmes, HQ, enfim tudo que leio ou assisto serve para complementar meus personagens.
5 - Luciana Do Rocio Mallon - Como você reage às críticas negativas?
R - Primeiro, temos que ter consciência do nosso trabalho para que não possamos ficar tão vulneráveis às críticas ou aos elogios. Ambos vão existirem. Aproveito o máximo da crítica negativa e tento utiliza-la como um mecanismo de aprimoramento da minha obra.
6 - Lari Patricio - Qual a sua opinião a respeito de clichês? Um livro bom é aquele completamente original, ou um clichê bem escrito pode ser bom? É possível fugir de clichês?
R – Clichês são necessários. Não se pode é utiliza-lo o tempo todo dentro de uma obra. Acredito que um clichê bem trabalhado, de vez em quando, mantém tua obra em percurso. É muito difícil fugir deles, então vamos utilizar o inimigo como aliado (rs)
7 - Miguel Rodrigues - Quando você escreve, tem consciência que seus pensamentos terão consequências?
R – Sim, sei que eles vão ‘invadir o mundo’. Escrever é uma forma direta de passar uma mensagem, então aproveito esta situação para conscientizar meus leitores acerca da realidade em que vivemos. Camuflo nas minhas metáforas uma mensagem social, política... Ideológica, etc.
8 - Dom Rodrigo Miranda - Você acha que participar de saraus e eventos sociais ajuda a vender o livro, ou, pode queimar o escritor por causa de intrigas e fofocas que podem acontecer?
R – Sim, a participação em eventos sempre ajuda, não só na venda em si, mas na divulgação da ideia do livro como um todo. Quanto às intrigas, elas acontecem, infelizmente, independentes disto. Precisamos de apoios mútuos entre nós mesmo.
9 - Carla Póvoa - Julga que existe um cenário mais apropriado que outro para o lançamento de um livro? Qual a maior motivação que leva as pessoas ao lançamento de um livro?
R – Acho que depende da obra e do autor. O que se pretendo com a obra. O público-alvo também conta na hora de escolher um cenário de lançamento. As publico tem que se sentir instigados a conhecer a obra, seja de um amigo ou desconhecido.
10 - Hidaru Mei - Você se inspira em um local/cenário real para criar seus livros?
R – Uma das críticas que recebo é que minha literatura é muito regional. Pois, minha poesia e prosa, em sua maioria, conta a cultura e o cotidiano da minha região (Nordeste brasileiro) e do meu povo.
11 - Cristiane Wimmer - Quando está escrevendo um livro, você consegue entrar na história? Passar a ser a personagem principal, e você passando por tudo, e contanto a história?
R – É um jogo de’ vai-e-vem’. Hora entro na história e escrevo como um personagem, em outras circunstancias tenho que está por fora, observando tudo e mantendo o enredo.
12 – Luiz Amato - Cite dois livros inesquecíveis, um nacional e um estrangeiro.
R – Como gosto de poesia vou citar “Poema Sujo” de Ferreira Gullar e “Os Sofrimentos do Jovem Werther” de Goethe. Esses dois livros foram uns dos primeiros que li, por isto, esta identificação
Fonte: 2º FLAL
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