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Protesto contra Dilma é o maior da história do País


Somente no ato da Avenida Paulista, onde ocorreu o maior dos protestos, 1,4 milhão de pessoas compareceram, segundo cálculos da corporação subordinada ao governo do Estado de São Paulo, feito por meio de imagens aéreas.

Com método em que pesquisadores calculam os números por meio de entrevistas com manifestantes, o instituto do Grupo Folha registrou dados bem abaixo dos oficiais, mas ainda acima de qualquer outra manifestação em que já tenha realizado levantamentos, de 500 mil. 

Apesar da discrepância, ambos os cálculos mostram que os atos superaram qualquer outra manifestação de rua realizada até hoje em território nacional. Antes deste domingo, o Datafolha mantinha o ato das Diretas Já, realizado em 1980, também na capital paulista, como o recordista, com um total de 400 mil presentes. 

Já a PM afirmava que o protesto da Avenida Paulista de 15 de março de 2015, a primeira das grandes manifestações promovidas contra Dilma, era o maior da história até então, com um total de 1 milhão de presentes – o Datafolha calculava o mesmo ato com 210 mil pessoas. 

Além de registrar o maior protesto único da história, o domingo também se consolidou com a maior série de atos em âmbito nacional já vista no País. Cálculos oficiais divulgados pela Polícia Militar em todos os Estados onde houve atos mostram que o número de manifestantes chegou a 3,3 milhões ao longo do dia – o recorde anterior era de cerca de 2 milhões, em março de 2015. 

Para os grupos organizadores, aproximadamente 6,6 milhões de pessoas participaram dos protestos deste domingo, convocados para 415 cidades no Brasil além de outras 23 no exterior, em países como EUA, França e Inglaterra.

Em Brasília, onde os manifestantes fizeram ato na Esplanada dos Ministérios, 100 mil participaram do protesto, de acordo com a PM – 200 mil, segundo cálculos dos organizadores. Em Copacabana, no Rio, os grupos que promoveram a manifestação afirmaram que entre 700 mil e 1 milhão de pessoas estiveram presentes – o governo não divulgou balanço oficial.

Outras capitais com grande número de manifestantes foram Curitiba, com entre 160 mil (PM) e 200 mil (organizadores); Recife – entre 120 mil (PM) e 150 mil (organizadores) –; e Goiânia – entre 30 mil (PM) e 70 mil (organizadores).

Ao contrário da expectativa das Secretarias da Segurança Pública de ao menos sete unidades federativas do País, de que poderiam ocorrer conflitos entre grupos defensores e detratores da presidente, não houve episódios de violência nos atos ao longo do dia – apenas um ou outro ocorridos de forma isolada, como o de uma mulher detida na capital paulista por jogar uma garrafa de água em PMs.

Pequenos protestos pró-PT ocorreram no Recife, Porto Alegre e São Bernardo do Campo (SP), este último em frente ao prédio onde vive Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrou com manifestantes e os agradeceu pelo apoio.

Informações do IG


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