Com 11 mortes, de 8 de novembro de 2015 até 12 de março, o Ceará é o estado brasileiro com o maior número de casos de microcefalia e/ ou alterações do sistema nervoso central (SNC) que evoluíram para óbito fetal ou neonatal, segundo dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), divulgado nesta semana. O Estado tem, ao todo, 22 casos notificados, dos quais 11 permanecem em investigação. Em todo o País, foram confirmados 40 casos e 124 estão sendo investigados.
Chama atenção o fato de o Estado estar à frente de Pernambuco que, com 1.779 casos notificados e 256 confirmados até 12 de março, é o primeiro do País na incidência da malformação, tendo, no entanto, confirmado apenas um óbito, de acordo com o levantamento. Além do Ceará, o Rio Grande do Norte e a Paraíba são os estados com o maior registro de óbitos, com dez e sete casos, respectivamente.
Ainda de acordo com o boletim, o Estado acumulou 49 casos de microcefalia confirmados e mantém 263 em investigação. Dos 184 municípios cearenses, foi confirmada a incidência da anomalia em 27 (14,7%) deles.
Na avaliação do infectologista Robério Leite, ainda há um grande descompasso entre as notificações e confirmações de uma maneira geral, não sendo seguro interpretar uma conclusão com base nas estatísticas. "Isso depende dos exames. Pode ser que a notificação com confirmação esteja em velocidade de esclarecimentos diferentes entre os estados, então não dá para fazer uma comparação segura. Mais para frente teremos uma conclusão mais concreta, principalmente se tratando de uma doença nova, que a gente ainda está aprendendo sobre ela e quando temos ainda grande dificuldade laboratorial, até porque os métodos foram sendo desenvolvidos ao longo desse processo", comenta.
Vírus zika
O especialista avalia, no entanto, que o aumento de casos é um grande indicativo da presença do vírus zika. "Cada vez mais vendo a repetição do padrão de crianças com problemas semelhantes e os relatos de que boa parte evoluíram de doença com exantema na gestação, principalmente no primeiro trimestre, vai ficando mais forte essa relação".
De acordo com o último boletim emitido pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), oito mortes de crianças com microcefalia ou alterações do sistema nervoso central foram relacionadas à infecção pelo vírus zika.
O Ministério da Saúde e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome lançaram, na última terça-feira (15), ação que repassará aos estados R$ 2,2 mil por cada criança suspeita da malformação e que será submetida a exames diagnosticais. O investimento total chega à R$ 10,09 milhões.
Informações do Diário do Nordeste
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