A confirmação de que o vírus zika está relacionado com a microcefalia (má-formação do cérebro) em bebês e pode aumentar as chances de doenças neurológicas em adultos vem causando preocupação na população. O UOL consultou os infectologistas Ana Freitas Ribeiro, do Hospital Emílio Ribas, Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Artur Timerman, e a Fiocruz para responder as principais dúvidas sobre o assunto.
O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite também os vírus da dengue e da febre chikungunya, e tem também sintomas parecidos com o da dengue, mas intensidades diferentes. No entanto, apenas 20% dos infectados apresentam os sintomas.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já confirmou ao menos 404 casos de microcefalia em 9 Estados este ano, além de investigar outros 3.670 casos suspeitos.
Não há dados exatos do total de casos de zika no país, já que a doença não apresenta sintomas na maioria dos casos. Mas estima-se que ao menos 500 mil pessoas foram infectadas com o vírus no país em 2015.
"Apesar de ser transmitido pelo Aedes aegypti e ter reações parecidas com o vírus da dengue, o zika vírus é diferente na sua estrutura biológica e por isso é possível que haja comportamento diferente no organismo para que cause a má-formação", afirma Arruda.
Diagnóstico
Ainda não há kits de diagnóstico para o zika no sistema público. A Anvisa liberou noinício de fevereiro o registro de dois testes de laboratório que possibilitam a detecção dos vírus da dengue, chikungunya e zika com apenas um exame, e um terceiro que pode verificar a presença do vírus em amostras biológicas em estudo.
O governo brasileiro pretende distribuir esses testes para 29 laboratórios credenciados a partir do final de fevereiro, conforme informou o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
Por enquanto, o diagnóstico é feito normalmente pelos sintomas (clínico). O método, no entanto, é impreciso visto que dengue, zika e chikungunya têm sintomas muito parecidos. Para confirmar, é possível realizar o exame que identifica o material genético do vírus no sangue dos pacientes. Contudo, esse exame é caro, demorado e restrito, pois só é capaz de detectar o vírus até o 5° dia de sintomas.
Informações do UOL
Viu algum erro na matéria? Avise pra gente por aqui ou nos comentários.
Quer receber conteúdo EXCLUSIVO? Se inscreva na nossa área vip clique aqui
Baixe nosso aplicativo móvel www.app.vc/chavalzada
Curta a página do Chavalzada no Facebook www.facebook.com/chavalzada
Siga o nosso perfil no Twitter www.twitter.com/chavalzada
Siga nosso perfil no Instagram www.instagram.com/chavalzada
Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos!
0 Comentários
Deixe sua opinião nos comentários, nós agradecemos! As opiniões contidas nos comentários são de responsabilidade dos autores dos mesmos.