Semana passada, escrevi um artigo intitulado: “Fuja da Casa própria!”. Sei que esse é um tema controverso e estaria mentindo se dissesse que não esperava alguma polêmica, mas do fundo do meu coração, com toda a sinceridade que existe em mim, nunca passou pela minha cabeça que o artigo fosse tomar a dimensão que tomou.
Para que você tenha uma noção da proporção que o artigo teve e, por consequência, da discussão que gerou, basta dizer que, menos de uma semana após sua publicação, ele havia sido compartilhado por quase 200 mil pessoas nas redes sociais.
Tendo em vista que o número de compartilhamentos é apenas uma pequena fração do número de leitores, é possível afirmar, sem medo de errar, que o artigo foi lido por, no mínimo, 500 mil pessoas e, não duvido nada que tenha passado de 1 milhão de leitores. Números para veículos de massa nenhum botar defeito!
Confesso que estou muito feliz com a repercussão do artigo, mas em meio a tantas notícias boas, uma coisa me entristeceu: as críticas. Poderia fingir que não me abalei, ou que estou indiferente a elas, mas estaria faltando com a verdade. Acostumei-me com os elogios e críticas construtivas, mas de uma hora para outra fui obrigado a ler centenas de comentários de cunho pejorativo, fazendo insinuações levianas a meu respeito.
Sei que não se chega ao topo sem desagradar algumas – ou várias – pessoas, sei que nem todo mundo irá concordar com o meu ponto de vista, apreciar meu estilo de escrita ou me considerar um bom profissional, mas confesso que, até poucos dias, não imaginava quão doloroso seria constatar isso na prática.
Nunca me iludi achando que todos gostassem de mim como pessoa, profissional, ou escritor, mas ler uma enxurrada de comentários explicitando o contrário me fez refletir: “Até que ponto sabemos lidar com as diferenças?”.
Percebi que, assim como eu não estava preparado para críticas tão pesadas do dia para a noite, muitas pessoas não estão preparadas para criticar. A qualquer sinal de que existe alguém, em algum lugar, com uma opinião divergente da sua, começam a atacar sem dó nem piedade.
Evidentemente, recebi muitas críticas pertinentes e bem fundamentadas, as quais agradeço aqui publicamente. Discorrer sobre um assunto tão complexo em poucas linhas, talvez tenha me levado da simplicidade almejada para o simplismo indesejado, o que fez com que alguns argumentos que poderiam embasar melhor a ideia, fossem deixados de lado.
Quanto ao passado, não há mais o que fazer! Quanto ao futuro, a cada dia tenho uma convicção maior que cabe a cada um de nós fazer nossa parte para construí-lo da melhor maneira possível! Assim, quem sabe um dia, as pessoas saberão conviver e respeitar as diferenças: de cor, de raça, de sexo, social...e de opinião!
Como diria o célebre filósofo francês Voltaire: “Posso não concordar com uma palavra que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la!”
Você não precisa concordar com nada do que digo, mas, por favor, respeite o meu direito de dizer! Afinal, um pouco de respeito não faz mal a ninguém!
Samuel Magalhães é Consultor Financeiro, Palestrante, fundador do Portal www.invistafacil.com e do instagram @oinvestidor.
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