Caças franceses lançaram 20 bombas ontem sobre o reduto do grupo radical Estado Islâmico (EI) em Raqqa, no centro-norte da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treinamento, anunciou o Ministério da Defesa da França.
Invadida em 2013 pela milícia radical, Raqqa tem sido chamada de "a capital do Estado Islâmico" na Síria. Segundo o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, os ataques terroristas realizados na sexta-feira (13) em Paris foram planejados em Raqqa.
Em apenas uma hora, houve ao menos 20 bombardeios à cidade. O ataque foi feito com aviões que partiram de bases aéreas que a França utiliza na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos.
As ações, em coordenação com forças dos EUA, envolveram pelo menos 10 dos 12 aviões que a França tem nessas bases. Segundo comunicado da Defesa francesa, esses ataques são a maior operação da França na Síria desde que o país começou a participar da campanha contra o grupo extremista, em 2014.
O EI reivindicou a autoria dos atentados de sexta-feira em Paris, que deixaram ao menos 129 mortos e mais de 350 feridos.
Suspeitos
De acordo com as investigações, os ataques foram organizados por um grupo de extremistas islâmicos baseado em Molenbeek, na periferia de Bruxelas. Três irmãos são tidos como suspeitos pelas polícias e procuradorias belga e francesa. Um deles, que explodiu-se depois de atirar em clientes de um restaurante, alugou um dos carros que levou um grupo de ataque até Paris.
Outro, Abdeslam Salah, 26 anos, que teria alugado um dos carros que levaram os terroristas ao ataque contra a casa de shows Bataclan, está sendo procurado pela polícia e teve sua foto divulgada ontem pela TV francesa.
O terceiro deles, Mohamed, assim como outras seis pessoas da família, estava preso em caráter provisório pela polícia belga. Os dois são cidadãos franceses e viviam em Molenbeeck. Um terceiro terrorista, que se explodiu no ataque ao Stade de France, também seria francês.
Informações do Diário do Nordets
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