Cerca de 95% das vagas da nova etapa do Programa Mais Médicos foram preenchidas por profissionais brasileiros ainda na primeira chamada, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em Brasília. Esta é a maior adesão de trabalhadores com registro médico nacional já registrada desde o início do programa, anunciado em 2013 e ampliado neste ano.
Ao todo, de 4.146 vagas, já foram ocupadas 3.936, segundo balanço divulgado ontem. A nova etapa de inscrições terminou no final de janeiro. Em seguida, os candidatos, 15.717 no total, puderam selecionar até quatro cidades em que gostariam de atuar. De 1.294 municípios que solicitaram médicos, 1.181, ou 91% do total, tiveram todas as vagas preenchidas. Em outros 46, foi completada só parte das vagas.
Por outro lado, 67 cidades ficarão sem o médico. Dessas, 30 deixaram de ter pedido de inscrições, a maioria delas no Pará e Amazonas. “São cidades de mais difícil acesso”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. A mudança nas inscrições ocorre após a incorporação do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) ao Mais Médicos, o que mudou as regras do programa.
Agora, os profissionais podem optar entre receber bônus de 10% nas provas de residência médica, nos moldes do Provab, ou auxílio-moradia e alimentação, no caso do Mais Médicos. Ambos garantem bolsa de cerca de R$ 10 mil. Para Chioro, o bônus na prova de residência funcionou como “estímulo adicional” para que médicos brasileiros aderissem ao programa, especialmente os recém-formados.
Início em março
Os médicos selecionados na primeira chamada terão entre os dias 11 e 20 deste mês, com exceção do período de Carnaval, para se apresentarem nos municípios. O trabalho começa em março. Caso isso não ocorra, as vagas irão para a segunda chamada, que ocorre entre os dias 23 e 24 de fevereiro.
Na ocasião, médicos que deixaram de ser selecionados na primeira etapa poderão optar por uma das vagas que restaram. Segundo o Ministério da Saúde, caso ainda existirem vagas em abril, será aberta chamada para brasileiros formados no Exterior e, em maio, para médicos estrangeiros.
Chioro afirma que ainda é impossível descartar a vinda de médicos cubanos, questão controversa no programa, para preencher o restante das vagas. Mas, já assegura que o número deve ser menor se comparado às outras etapas de inscrições do Mais Médicos. (da agência Folhapress)
Informações do O Povo Online
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