O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou neste sábado (15), em Kuala Lumpur, que o voo MH370 de Malaysia Airlines, que desapareceu com 239 pessoas no dia 8 de março, mudou de rota e voou durante horas na direção oeste. Najib disse também, em conversa com jornalistas, que "alguém" desligou os sistemas de comunicação da aeronave e depois a conduziu até dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.
"O percurso do avião até o momento em que saiu da cobertura do radar militar primário (da Malásia) é consistente com a ação deliberada tomada por alguém em seu interior", afirmou o primeiro-ministro.
O governante se recusou a falar de sequestro, mas a exposição que apresentou aponta para esse sentido, segundo interpretação das agências de notícias. A polícia local realiza buscas na casa do piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, que pilotava a aeronave.
O primeiro-ministro explicou que, com as novas informações obtidas, o MH370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14 locais de sábado (21h14 de Brasília da sexta-feira). O avião saiu de Kuala Lumpur às 0h41 locais do sábado (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada a Pequim cerca de seis horas mais tarde, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem.
O Boeing tinha combustível para sete horas e meia de voo, segundo a Malaysia Airlines, e transportava 239 pessoas: 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 malaios.
Depois de vários dias, Najib confirmou que os dados recebidos por um radar militar correspondem ao MH370 e provam que o avião mudou de rota, cruzou o Estreito de Malaca e seguiu rumo ao oeste.
"As buscas entraram em uma nova fase. Esperamos que esta nova informação nos aproxime de sua localização", afirmou o primeiro-ministro. As operações de busca pelo avião tinham se concentrado até o momento no Mar da China Meridional
fonte: http://epoca.globo.com/