Febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato, de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) alerta para uma doença pouco conhecida, porém com elevada taxa de letalidade, transmitida por carrapatos. A febre maculosa brasileira infecciosa febril aguda - que pode ser transmitida a humanos -, de gravidade variável, é causada por bactéria do gênero rickettsia, transmitida por carrapatos. Estes permanecem infectados durante toda a vida, que em geral é de 18 meses, e fazem transmissão vertical, entre gerações. Conforme dados da Sesa, a partir de 2010, seis casos foram registrados no Ceará, na região de Aratuba, Mulungu e Guaramiranga.
Para haver transmissão, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. O carrapato hematófago pode ser encontrado em animais como cavalos, cães, aves domésticas, roedores silvestres e até em cobras. No Ceará, os principais hospedeiros são os cães. Vários focos de carrapatos e riquétsias foram localizados em Guaramiranga. Mais comum na região Sudeste, a febre maculosa registra, no Nordeste, casos na Bahia e no Ceará.
O Ministério da Saúde, através da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), está realizando o curso de vigilância das requitsioses em todo o Brasil. O objetivo é montar uma rede nacional de vigilância envolvendo os 13 estados com casos notificados de febre maculosa, incluindo o Ceará. No Estado, o curso de vigilância é promovido pelo Núcleo de Controle de Vetores da Coordenadoria de Promoção e Proteção da Secretaria da Saúde do Estado, ministrado pelo coordenador do Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquestsioses, da Fiocruz, Gilberto Sales Gazeta.
Incidência
Doença infecciosa febril aguda, a febre maculosa pode variar sua apresentação clínica, indo desde as formas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A doença caracteriza-se por um início abrupto, com febre elevada, cefaleia e mialgia intensa e prostração, seguida de exantema máculo-papular. O tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença.
Diario do Nordeste