Emerson Sheik não está nos seus melhores momentos. Após confusão com a torcida do Corinthians por conta de selinho em um amigo, o atacante se meteu em mais uma roubada. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região do Rio de Janeiro mudou o seu veredicto e decretou o jogador culpado no processo de contrabando de carros importados. Emerson pode pegar de um a quatro anos de prisão, mas ainda tem como recorrer da decisão.
Emerson comprou duas BMWs através de uma quadrilha de bicheiros cariocas e israelenses, especializada na importação ilegal de carros de luxo. Segundo alegou a procuradora regional da República Silvana Batini ao site da “ESPN”, o jogador tinha consciência do crime quando importou ilegalmente seus automóveis dos Estados Unidos.
"A participação do réu na importação do veículo é inconteste e está demonstrada em trechos de conversa telefônica interceptada por decisão judicial", disse a procuradora, que completou: "Daí se verifica que foi ele quem efetivamente desembolsou o dinheiro para pagar a vinda da BMW."
Sheik foi acusado pelo Ministério Público Federal, após uma série de investigações da Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal, na operação Black Ops de 2011, que identificou 30 pessoas no esquema de contrabando, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em agosto, Emerson foi absolvido pela 3ª Vara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro, porém, o Ministério Público Federal discordou do resultado e prometeu recorrer. Se condenado, a pena pode chegar até quatro anos, uma vez que não é mais réu primário.
Na época, o volante Diguinho, companheiro de Fluminense, também fez parte da negociação que envolveu a compra da BMW X6. Segundo as investigações, a dupla trocou cinco notas fiscais entre si para o veículo, a fim de disfarçar a transação. Porém, Do jogador do Fluminense ganhou uma suspensão da condenação, em troca do cumprimento de exigências, como não se ausentar do Brasil sem autorização e comparecer periodicamente à Justiça Federal. Diguinho inclusive vinha cumprido a medida, porém, recorreu ao saber da absolvição de Sheik, mas a decisão sequer foi posta para reavaliação.