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As cartas de outrora...

Chaval , 12 de junho de 2011

Querida...

É com uma emoção inenarrável que te escrevo estas palavras... Talvez eu não saiba o que é amor, mas, se é a capacidade de doar a própria vida em prol de outra pessoa, portanto te amo. Sim! Amo-te apesar de não saber demonstrar o tamanho desse amor que me inunda o coração; que sufoca meu respirar; ingere minhas palavras...

Amo-te assim... Do jeitinho que você é: com tua imperfeição; com teus medos; teus segredos e sonhos.. . Amo essa “mulher-menina" que emana de ti me confortando e me protegendo. Em teus braços sou menino órfão implorando carinhos... afagos. Por outras vezes teu jeitinho menina de brincar de contos de fadas me encanta. Minha doce princesa; minha santa; minha herege; menina... mulher. Sou escravo do teu amor.

Ao teu lado aprendi a reconhecer a felicidade domá-la nos braços e fazer-lhe carinhos pois ela provém da tua face encoberta por uma suave mecha de cabelos; de teus olhos cansados. Se ao teu lado as horas voam, longe de ti elas me consomem e os ponteiros lerdos insistem em não passar. O silencio parece sussurrar algo sempre acho que é tua voz declamando um poema.

Como pode um simples sorriso reger a vida de um homem? Manipular seus sonhos nas madrugadas infindáveis, dando a esse homem um mundo ou tirando-lhe? 

Querida... desejando que os deuses guie teu passos e te proteja sempre, me disperso. Mando-lhe nesta carta não só minha palavras mas, meu coração fragmentado em letras, para que saiba o quão imensurável é o meu amor por ti.

Eternos beijos,

C. H. Nunes