Tudo começou com uma mobilização contra o projeto de urbanização da praça Taksim,
um dos poucos espaços verdes significativos que restam no centro de
Istambul, na Turquia. O governo turco e a polícia local decidiram reprimir com violência os manifestantes. Resultado: a crise do governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan só piorou e os manifestantes permanecem protestando nas ruas do país pelo sétimo dia consecutivo.
Antes disso, a Turquia já enfrentava outros conflitos internos, como a
luta armada entre o Partido dos Trabalhadores do Curdistão e o Exército
da Turquia. Esse tipo de tensão, porém, não é exclusividade dos turcos.
Veja abaixo 6 zonas de conflito interno ao redor do mundo:
1. México
A guerra contra o narcotráfico levou o Exército para a rua e deixou 60 mil mortos entre 2006 e 2012. Mas o crime organizado se alastra, sobretudo nos estados de Chihuahua e Sinaloa. Os choques entre cartéis continuam. E vários traficantes vêm buscando refúgio na América do Sul, de onde continuam atuando.
A guerra contra o narcotráfico levou o Exército para a rua e deixou 60 mil mortos entre 2006 e 2012. Mas o crime organizado se alastra, sobretudo nos estados de Chihuahua e Sinaloa. Os choques entre cartéis continuam. E vários traficantes vêm buscando refúgio na América do Sul, de onde continuam atuando.
2. Mali
Com o apoio da França, o exército do Mali vem travando combates ferozes contra extremistas ligados ao grupo Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQIM), que controlam extensas áreas do norte do país. Enquanto isso, cresce a insatisfação popular com o atual governo, formado por uma junta militar que promoveu um golpe de Estado em março de 2012.
Com o apoio da França, o exército do Mali vem travando combates ferozes contra extremistas ligados ao grupo Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQIM), que controlam extensas áreas do norte do país. Enquanto isso, cresce a insatisfação popular com o atual governo, formado por uma junta militar que promoveu um golpe de Estado em março de 2012.
3. Sudão
A crise nesse país africano não terminou com a independência do Sudão do Sul, em 2011. Hoje, o governo de Cartum luta contra rebeldes separatistas das regiões de Darfur, Kordofan e Nilo Azul. A guerra civil agrava a crise humanitária, enquanto uma elite predatória concentra poder e dilapida os recursos naturais.
A crise nesse país africano não terminou com a independência do Sudão do Sul, em 2011. Hoje, o governo de Cartum luta contra rebeldes separatistas das regiões de Darfur, Kordofan e Nilo Azul. A guerra civil agrava a crise humanitária, enquanto uma elite predatória concentra poder e dilapida os recursos naturais.
O primeiro-ministro xiita Nouri al-Maliki tem violado o acordo de Erbil, de 2010, que previa um poder compartilhado com curdos e sunitas. Milícias das 3 minorias desencadearam uma onda de violência generalizada, que se agrava com atentados frequentes promovidos pela Al-Qaeda (sunita) e com a intervenção do do Irã (xiita) a favor de Maliki.
5. Síria
De acordo com a ONU, o confronto entre o ditador sírio Bashar al-Assad e seus opositores já produziu mais de 70 mil mortos e 700 mil refugiados. A guerra civil estourou em março de 2011, na esteira da Primavera Árabe. Assad pertence à minoria alauíta, ramo do islã xiita, e a oposição é dominada por sunitas, maioria no país.
De acordo com a ONU, o confronto entre o ditador sírio Bashar al-Assad e seus opositores já produziu mais de 70 mil mortos e 700 mil refugiados. A guerra civil estourou em março de 2011, na esteira da Primavera Árabe. Assad pertence à minoria alauíta, ramo do islã xiita, e a oposição é dominada por sunitas, maioria no país.
6. Turquia
Desde 1984, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) trava uma luta armada contra o poder central turco pela criação de um país para os 14 milhões de curdos (20% da população). A situação andava morna, mas o PKK retomou os ataques em 2011 e seus embates com o Exército da Turquia já deixaram quase mil mortos.
Desde 1984, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) trava uma luta armada contra o poder central turco pela criação de um país para os 14 milhões de curdos (20% da população). A situação andava morna, mas o PKK retomou os ataques em 2011 e seus embates com o Exército da Turquia já deixaram quase mil mortos.
* Esta matéria foi originalmente publicada no especial “Máquinas
de Guerra – A Revolução da Tecnologia Militar”, de maio de 2013.