por Augusto Nunes
(...)
“Passando 100 anos, o confronto
entre os tempos de Getúlio e a era Lula informa que no palco sensivelmente
modernizado se movem atores de quinta categoria. A plateia não sofreu mudanças
notáveis. Antes como agora, eleitores desinformados não conseguem interessar-se
por tramas que vão desenhando o futuro da nação. Os netos dos que viam em
Getúlio o “pai dos pobres” agora enxergam em Lula o “exterminador da fome” e
aplaudem as proezas imaginárias da superexecutiva Dilma Rousseff. O que mudou
dramaticamente – par pior – Foi o elenco. Os grandes parceiros do presidente
suicida, tanto os aliados quanto os adversários, foram substituído por
canastrões sem cura. O povo continua validando decisões aprovadas nas coxias.
Pena que Oswaldo Aranha não tenha sobrevivido à virada do século. Ele achava
que o Brasil em que viveu era “um deserto de homens e de ideias”. Ao ouvir Lula
berrando num palanque que é melhor que Getúlio Vargas, descobriria que foi
traído pela impaciência. Deveria ter esperado cinquenta anos para emitir o
diagnóstico.”
Fonte: Revista Veja
* Título dado pelo blog