Como me faz bem um caminho de veredas,
um passeio no campo numa tarde de inverno,
apreciar uma casinha de taipa
no meio da mata.
Encontrando vida na mesma,
conhecer seu dia a dia,
ver um sorriso sincero
de um sujeito inocente
que mal sabe da vida.
Quem sabe se não sou
eu o inocente,
que vive mergulhado
na pressa de uma cidade
pensando que tudo tenho.
Ver a chuva banhando
um roçado,
o gado pastando ao longe batendo o chocalho,
uma grota escorrendo mansinha
no pátio de uma fazenda.
Uma tarde partindo
tranquila,
ao som do canto de um corrupião
a cantar no alto de uma carnaubeira.
Tudo isso é muito simples
mas também muito rico,
para quem sabe valorizar
as coisas simples da vida.
Frank Carneiro
24/03/2013