Uma notícia publicada ontem na imprensa brasileira movimentou historiadores, curiosos, arqueólogos e interessados em geral. Pela primeira vez em quase 180 anos foram exumados para estudos os restos mortais de Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, e de suas duas mulheres: as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
A historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, com o apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, recebeu a autorização dos descendentes da família rela para realizar a exumação. Durante a realização do processo, algumas versões sobre a morte dos personagens forma esclarecidas.
A primeira, o Imperador tinha 4 costelas quebradas, o que praticamente inutilizou seu pulmão, fato que pode ter agravado seus problemas de tuberculose, que o levaram a falecer com 36 anos. Já Dona Leopoldina, ao contrário do que alguns pesquisadores afirmavam, ela não faleceu em decorrência de uma queda que teria fraturado seu fêmur, segundo o Instituto de Radiologia da USP, não há indícios de fratura em seus ossos.
Por fim, e o mais curioso, o corpo da segunda esposa do Imperador, D. Amélia, foi encontrada mumificada e praticamente em perfeito estado - cabelos, cílios, unhas, globos oculares e órgãos como o útero estão preservados -, apesar do escurecimento de sua pele. Não se sabe ainda os motivos para a adoção deste método, o que se sabe, e o que é ainda mais curioso, é que D. Amélia teria sido enfática ao afirmar que queria um funeral simples .... e você ai achando que no Brasil só vemos múmia no carnaval!
Texto de Rafael Gota
Administração Pagina Imagens Históricas
Foto: Victor Hugo Mori.