Mais um passo na luta contra a Aids foi dado na França na última terça-feira, 29. O professor Erwann Loret, da Universidade de Marselha, declarou que cientistas irão iniciar nas próximas semanas testes clínicos contra o vírus HIV em 48 pessoas.
Segundo a agência AFP, a vacina ataca a proteína Tat (transativador de transcrição viral), que, nos soropositivos, funciona como uma proteção nas células infectadas, fazendo com que o organismo seja incapaz de identiticá-las e neutralizá-las.
Os 48 pacientes que irão participar dos testes estão em tratamento com coquetéis. Os testes devem começar assim que os médicos selecionarem os voluntários, explicar-lhes os riscos e obterem seus consentimentos.
A vacina será aplicada três vezes, uma por mês. Em seguida, o tratamento com coquetéis deverá ser suspenso por dois meses. Após esse período, se a taxa de vírus no sangue tornar-se indetectável, o estudo terá cumprido os critérios estabelecidos pela OnuAids (órgão das Nações Unidas focado no combae à Aids).
No entanto, este não é o fim da doença, como ponderou Loret. Há uma série de testes que devem ser realizados e que demandam vários anos para avaliar se o resultado é bem sucedido.
"De 25 a 26 testes com vacinas anti-HIV são realizados no mundo atualmente", estimou o professor Jean-François Delfraissy, diretor da Agência Nacional de Pesquisas sobre a Aids (ANRS) da França, à AFP.
No fim de 2011, cerca de 34 milhões de pessoas viviam com a Aids. Cerca de 0,8% da população entre 15 e 49 anos estavam infectadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que o virus causou mais de 30 milhões de mortes desde que foi descoberto e que, a cada ano, 1,8 milhão de pessoas ao redor do mundo morra pela doença.
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