Valorizar a pureza de um terreno sofrido e acidentado em pouco mais de seis estrofes é apenas um dos feitos do rei do choro e do baião. Batizar este retrato de “Asa Branca” e fazer dele uma das canções mais populares do Brasil também está no currículo de Luiz Gonzaga.
Um dos responsáveis por lapidar e difundir a música popular brasileira, o ilustre cantor e compositor pernambucano completaria exatos 100 anos de vida em dezembro de 2012.
Luíz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912 – Recife, 2 de agosto de 1989; Foi uma das mais completas, importantes e inventivas figuras da música popular brasileira. Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado.
Admirado por grandes músicos, como Dorival Caymmi, Gilberto Gil, Raul Seixas, Caetano Veloso, entre outros, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Jiló" (1949) e "Baião de Dois" (1950).
Guiadasemana/Wikipédia