‘Meu nome é marido da presidente’, dizia Edmeire, que entrou em confronto com guardas
A Polícia Militar e o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) informaram na noite desta terça-feira que Edmeire Celestino Silva, 29 anos, é mulher. Ela tentou invadir o Palácio do Planalto, subindo a rampa e entrando em confronto com o soldado do Batalhão da Guarda Presidencial, que chegou a fazer dois disparos com balas de borracha. Identificada como um homem a princípio, Edmeire estava visivelmente perturbado, dizia ser “marido” da presidente Dilma Rousseff e fez declarações de amor a ela. Durante a tentativa de invasão, Dilma estava no Palácio, conduzindo uma reunião sobre portos.
- Eu sou marido da Dilma Vana Rousseff. Eu gosto dela - disse, ainda deitada no chão, depois de ser contida pelos soldados e pelos seguranças da Presidência.
Segundo servidores do Palácio, Edmeire circulava há dois dias pelas imediações do Planalto. Ela falava coisas desconexas, como "vim da morte". Depois de muita insistência, afirmou não lembrar o nome nem a idade.
- Meu nome é marido da presidente - afirmou.
Perguntada sobre o que foi fazer no Palácio, respondeu:
- Eu vim chamar a Dilma para casar comigo. Na verdade, eu queria sequestrar a Dilma e nunca mais devolver. Ela é o meu coração.
Ela reclamou da atuação dos soldados, afirmando que eles são pagos para proteger o Palácio:
- Vocês são pagos para me matar, cambada de bundões - afirmou.
Edmeire vestia calça jeans e camiseta listrada. Os bombeiros foram chamados pela segurança do Palácio, e ela foi levada ao HRAN. Apenas mais tarde a polícia e o hospital confirmaram se tratar de uma mulher.
Esta é a sexta tentativa de invasão do Planalto desde o ano passado.
OGlobo