Típicas
da nossa região, as tradicionais farinhadas resistem ao tempo, fazendo parte
dos costumes do nosso povo ao longo dos anos.
As
farinhadas ainda são comuns na zona rural do município (Chaval). Onde famílias se
reúnem na casa de farinha para produzir artesanalmente a farinha e seus
agregados dentre esses as famosas tapiocas.
As
mandiocas (matéria-prima) são transportadas da capoeira à casa de farinha em
mulas (hoje já se utiliza automóveis). Já na casa de farinha o monte de
mandioca é rodeado pelas pessoas que, enquanto raspam (as mandiocas), contam
piadas, histórias e causos do hábito interiorano. Depois do processo de
raspagem a mandioca pode ser logo serrada (produzir farinha branca) ou fica de
molho em um tanque com água por cerca de três dias antes de ser serrada
(farinha puba). Depois de serrada, no caso da farinha branca, a massa é
espremida em um pano fino e resistente para a obtenção da goma (amido) e só
depois a massa é levada a prensa, já no caso da farinha puba a massa é levada
diretamente a prensa. Posteriormente à prensagem, a massa é peneirada e levada
ao forno onde se finaliza o processo de produção da farinha.
Aos
sábados é a vez das tapiocas e beijus. Utilizam-se diversas misturas como coco,
castanha de caju, gergelim etc. Assa-se um leitão à beira do forno e uma
“serraninha” (cachaça) para o forneiro aguentar o calor.