O Santos é finalista do Campeonato Paulista. A equipe do técnico Muricy Ramalho garantiu a vaga neste domingo (29/04), ao vencer o São Paulopor 3 a 1, no Morumbi, pelas semifinais.
O confronto deste domingo contou com todos os ingredientes de um bom jogo: rivalidade, muitas chances de ambos os lados, erros da arbitragem, falha de goleiro e três gols do principal craque em campo: Neymar, que marcou duas vezes no primeiro tempo e uma no segundo para definir a partida em favor do Santos. Ele ainda chegou à artilharia da competição, com 16 gols - contra 15 de Hernane, do Mogi Mirim.
Com a vaga na decisão, o time santista tem a chance de conquistar o tricampeonato paulista, já que venceu em 2010 e 2011. Isto não acontece desde 1969, quando o próprio Santos venceu seu terceiro Paulistão consecutivo, ainda com Pelé.
A equipe visitante entrou em campo neste domingo com uma mudança no ataque: Alan Kardec no lugar de Borges. Muricy Ramalho explicou que a opção se deu pela qualidade do São Paulo nas jogadas de bolas aéreas e Alan, mais alto, poderia ajudar a defesa e ser mais efetivo no ataque neste tipo de lance.
O JOGO
Logo a 1 minuto, o Santos conseguiu um pênalti a seu favor. Arouca puxou contra-ataque e lançou para Alan Kardec, que tentou driblar Paulo Miranda e foi calçado por baixo pelo zagueiro. Na cobrança, Neymar bateu no alto, no canto direito de Dênis, que pulou para o esquerdo, e marcou o primeiro. Foi o centésimo gol do atacante com a camisa santista.
O São Paulo não se intimidou com a desvantagem, pelo contrário, acordou na partida. Usando muito as jogadas pelos lados, principalmente com Cortez pela esquerda, a equipe da casa cresceu e passou a dominar as ações. Aos 10 minutos, Jadson bateu escanteio, Paulo Miranda subiu antes da saída de Rafael e cabeceou na trave. No lance, o goleiro acabou sentindo uma lesão no joelho direito, recebeu tratamento, mas ficou em campo.
Quatro minutos depois, Rafael precisou trabalhar em cobrança de falta de Denilson, que quicou na grama molhada e quase o enganou. O São Paulo não diminuía a pressão e teve boa chance de empatar aos 21, quando Casemiro recebeu bom passe de cabeça e bateu cruzado, com perigo.
Quem marcou, no entanto, foi Santos. Aos 31 minutos, Rhodolfo tirou a bola, mas ela ficou com Ganso, que tocou rápido para Neymar. O atacante aproveitou a bobeada de Paulo Miranda na marcação, arrancou e tocou de pé esquerdo no canto de Dênis para marcar seu 101.º gol com a camisa santista. Ele é agora o 21.º maior artilheiro da história do clube, empatado com Juary, a quem homenageou na comemoração.
No segundo tempo, o São Paulo voltou a dominar a posse de bola e melhorou, com as entradas de Fernandinho e Rodrigo Caio. Aos 2 minutos, a primeira chance: Lucas fez boa jogada pela intermediária, passou pelos marcadores e bateu com perigo, de fora da área.
Aos 4, o time da casa chegou de novo. Após falta da direita, Paulo Miranda tocou com perigo. No lance seguinte, resposta santista: Alan Kardec bateu fraco de fora da área. Mesmo assim, Dênis não conseguiu segurar e rebateu para o meio. Neymar vinha em velocidade e, atrapalhado por Rodrigo Caio, bateu na trave.
Neste ritmo acelerado e com oportunidades de ambos os lados se dava a partida. O São Paulo quase diminuiu, aos 9 minutos, em lance que Maranhão tocou contra o próprio gol. No lance Rafael voltou a sentir e saiu para a entrada de Aranha.
Aos 12, o Santos teve um gol anulado de forma polêmica. Elano cruzou da direita e, após escorada de cabeça, Alan Kardec empurrou para o gol. Mas o árbitro Paulo César de Oliveira marcou falta de Edu Dracena no lance.
A partir daí, o personagem da partida passou a ser Willian José. Aos 13 minutos, ele perdeu grande chance ao chutar por cima depois de grande jogada de Lucas. Aos 15, Rodrigo Caio cruzou pela direita, o atacante se antecipou e, de carrinho, acertou a trave.
De tanto insistir, Willian José deixou sua marca. Aos 18 minutos, Casemiro recebeu pela meia direita e deu ótimo passe para o atacante, que estava em posição irregular, não marcada pelo auxiliar. Ele dominou, tirou a marcação da jogada e bateu cruzado de esquerda, sem chance para Aranha.
O gol incendiou o Morumbi e a equipe são-paulina quase conseguiu o empate apenas dois minutos depois, em cobrança de falta de Cícero que exigiu grande defesa de Aranha.
Quando o São Paulo ia com tudo para cima, com a entrada de Osvaldo no lugar de Casemiro, o Santos chegou ao terceiro gol em uma infelicidade de Dênis. Léo tocou para Neymar, que girou sobre a marcação e bateu de fora da área, no meio do gol. O goleio são-paulino tentou defender, mas espalmou contra o próprio gol. Cícero ainda foi expulso pouco depois e acabou de vez com as chances de reação dos mandantes.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 X 3 SANTOS
SÃO PAULO - Dênis; Piris (Rodrigo Caio), Paulo Miranda, Rhodolfo e Cortez; Denilson, Casemiro (Osvaldo), Cícero e Jadson (Fernandinho); Lucas e Willian José. Técnico: Emerson Leão.
SANTOS - Rafael (Aranha); Maranhão, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec (Rentería). Técnico: Muricy Ramalho.
GOLS - Neymar, aos 3 e aos 31 minutos do primeiro tempo. Willian José, aos 18, e Neymar, aos 32 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Paulo César de Oliveira.
CARTÕES AMARELOS - Paulo Miranda, Maranhão, Piris, Cícero, Rodrigo Caio, Aranha.
CARTÃO VERMELHO - Cícero.
RENDA - R$ 2.033.374,00.
PÚBLICO - 47.771 pagantes.
LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
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