São cada vez mais os estudantes britânicos de Medicina que recorrem à prostituição para pagar a Universidade. Os trabalhos de 'babysitting' ou um 'part-time' num café já não satisfazem estes jovens, que encaram a prestação de serviços sexuais como uma fonte de rendimento fácil. "Um em cada dez estudantes de Medicina assegura conhecer alguém que exerce a prostituição para poder pagar a Universidade", refere a edição mais recente do "Student British Medical Journal".
Há dez anos, eram 4% os estudantes universitários que diziam conhecer alguém que pagava os seus estudos com serviços sexuais, da prostituição na rua ao 'strip' em clubes. Hoje, esse universo de alunos aumentou para 10%.
Segundo a BBC, muitos destes estudantes alegam dificuldades financeiras para recorrer a este tipo de trabalho. Mas também referem o facto de a prostituição lhes permitir gerir melhor o tempo que dedicam aos estudos e ao trabalho, algo que não conseguiriam fazer com um trabalho com horários fixos.
Os baixos salários de trabalhos como o 'babysitting' ou o atendimento ao público numa loja em 'part-time' acabam por influenciar a escolha do trabalho na prostituição, alegam ainda.
Neste contexto, o nível das dívidas de educação tende também a aumentar. Um estudo levado a cabo no ano passado e citado pelo jornal "El Mundo" concluiu que o estudante britânico médio deve graduar-se com uma dívida de cerca de 29 mil euros. Tratando-se de estudantes de Medicina, os valores são mais elevados.
Segundo a publicação "Sex Education", a Associação de Medicina Britânica teme que as dívidas destes estudantes possam ultrapassar os 82 mil euros.
No campo ético, responsáveis pela prática médica no Reino Unido já vieram esclarecer que não há qualquer norma que indique que um médico não possa prostituir-se.
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