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ONU: BRASIL É O TERCEIRO DA AMÉRICA LATINA COM MAIOR NÚMERO DE HOMICÍDIOS

O Brasil é o terceiro país da América Latina com o maior número de homicídios. A constatação faz parte de um relatório das Nações Unidas, divulgado nesta quinta-feira. Segundo o documento “Estudo Global sobre Homicídios 2011”, do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, para cada 100 mil habitantes, quase 23 pessoas são mortas no Brasil.

Homens Jovens: O número é um pouco menor que o da Colômbia, que aparece em terceiro lugar com 33,4 homicídios por 100 mil habitantes. O país com o maior número de casos é a Venezuela, onde 49 homicídios são registrados para cada 100 mil pessoas. A maior parte das vítimas são homens jovens, geralmente assassinados em público. Jovens, do sexo masculino, são também a maior parte dos agressores. Em todo o mundo, 80% dos autores do crimes são homens. Já a violência doméstica é a maior causa do homicídio de mulheres. Na Europa, por exemplo, mais da metade das mulheres assassinadas foi morta por um membro da família.

Oceania: De acordo com o Unodc, somente no ano passado, 468 mil pessoas foram mortas em todo o mundo. O continente que lidera a taxa de homicídio global é a África, seguida pelas Américas, pela Ásia e pela Europa. A Oceania é o continente com o menor número de homicídios: apenas 1% da prevalência mundial. O estudo cruzou dados de saúde pública e de segurança de mais de 200 países. No caso brasileiro, foram analisadas informações de 2009, que apontaram para cerca de 44 mil homicídios por ano. Em todo o mundo, 42% das mortes ocorrem por armas de fogo. Mas na Américas Latina, este número sobe para 74%. O tráfico de drogas e grupos extremistas aparecem como fatores em países com baixos indicadores sociais.

Queda: Apesar dos altos índices de homicídios na América Latina e na África, a tendência global é de queda deste tipo de crime na Ásia e na Europa. De acordo com o estudo, o crescimento econômico tende a diminuir a onda de homicídios, como foi registrado na América do Sul, nos últimos 15 anos. Por causa da crise financeira global entre 2008 e 2009, o número de homicídios aumentou em alguns países, com a subida também do desemprego e dos preços em geral. O relatório do Unodc finaliza afirmando que altos índices de criminalidade têm como causa a pobreza, a insegurança e o subdesenvolvimento. O diretor-executivo da agência, Yury Fedotov, lembrou que a criminalidade afasta investimentos e desestabiliza sociedades inteiras.

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