O jogo tinha todos os elementos de uma festa de arromba: Pacaembú enfeitado, imagens em ângulo especial, estrelas em campo, expectativa enorme nas arquibancadas e a presença dele, o número 9 que daria o adeus definitivo à camisa do Brasil. Mas imagens de Ronaldo no começo do jogo só poderiam ser vistas no telão. No lado de dentro, o Fenômeno fazia aquecimento e era meio babá ao mesmo tempo. Todos teriam de esperar até os 30 minutos do primeiro tempo para assisti-lo. O jeito era se entreter com Neymar, Robinho, Fred e companhia. O Neymar, aliás mostrou que tem condições de assumir o papel de uma das estrelas dessa nova seleção. Deu dribles absurdos, chutou a gol e deu o passe para Fred garantir uma vaguinha na Copa América. Normalmente o gol é o momento mais importante do futebol, mas nesse caso não. A substituição na partida do Brasil é o momento mais importante, porque, afinal de contas, quem está entrando em campo é o maior artilheiro de todas as Copas. É o fenômeno do futebol, Ronaldo. “Queria que ele me consagrasse. Falei para ele: ‘Me consagra’, mas ele tentou”, brincou Neymar. “Eu ia sair na televisão no mundo inteiro ia ver o último gol do Ronaldo com o passe do Robinho, mas ele chutou para cima”, afirmou Robinho. “Muito obrigado por tudo que você fizeram por mim na minha carreira inteira. Por vocês me aceitarem do jeito que eu sou, por terem chorado quando eu chorei, por vocês sorrirem quando eu sorri. Muito obrigado e até breve, mas dessa vez fora do campo”, declarou Ronaldo.
Fonte Bom Dia Brasil - Desenho / Maurício de Sousa
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