Houve guerra entre as aves e os outros irracionais; o povo de penas, tendo à frente a águia, o povo de pêlo tendo por chefe o leão, disputavam a primazia. As aves foram vencidas. Entre elas, em razão de ter asas e somente duas patas, militava o morcego; vendo este mal parada a causa dos seus aliados, passou-se para os inimigos. Como é isso? disse-lhe um deles, tu por aqui! pois não és ave? — Ave eu! exclamou o morcego, e o meu pêlo, onde está o meu bico? sou primo irmão do rato; morram as aves! Dá-se um combate, o covarde morcego cai no poder de uma coruja; iam matá-lo, quando ele: “Pois assim desconheceis um dos vossos! exclama; não vedes as minhas asas? vivam as aves!”
MORALIDADE: Morcegos assim não faltam neste mundo; nas discórdias civis só querem eles quinhão de despojos, estão sempre com o vencedor.
1 Comentários
Obrigado pelas visitas meu caro poeta, continue fdazendo das suas, só assim podemos melhorar o nivel cultural de nossa amada terrinha. Parabens pelo seu trabalho.
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