Em seu mais longo discurso desde que tomou posse, com 47 minutos de duração, a presidente Dilma Rousseff buscou tranquilizar os governadores do Nordeste reunidos para um fórum regional em Sergipe e negou que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento anunciado pelo governo afetará investimentos na região. Ao falar pela primeira vez sobre os cortes, aos quais chamou de "consolidação fiscal" e que deverão ser detalhados nesta semana pelo Ministério do Planejamento, Dilma afirmou que estão livres da tesourada o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o programa Minha Casa, Minha Vida, os investimentos relacionados à Copa do Mundo, além do Programa Emergencial de Financiamento, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). A presidente buscou diferenciar o contexto do freio orçamentário atual ao esforço fiscal de 2003, primeiro ano do governo Lula, quando foram contingenciados cerca de R$ 14 bilhões. Segundo ela, os cortes não afetarão o crescimento do país. "Lá, tinha uma taxa de inflação fora de controle, que não é o caso atualmente. Nós estamos dentro da margem estabelecida de dois pontos acima da meta de 4,5%", disse a presidente, que também citou a existência de uma reserva internacional de US$ 300 bilhões. Mantendo o discurso de rigor fiscal, Dilma afirmou que não permitirá o surgimento de pressões inflacionárias e relacionou a manutenção dos investimentos ao controle da inflação. "É importante que a taxa de investimento cresça acima da demanda por bens e serviços. A taxa de investimento integra a demanda, mas garante a ampliação da oferta", disse. Afirmando que não há solução para o Brasil, sem uma solução para o Nordeste, Dilma disse esperar que a região cresça a taxas acima da média nacional.
"Temos que manter o PIB crescendo acima da taxa nacional", disse.
Fonte: Folha.com.
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