Ela esteve internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio, nas últimas duas semanas. Segundo a assessoria da clínica, ela foi internada no dia 13 de dezembro com infecção respiratória e posteriormente foi transferida para a UTI. Filha de uma francesa e de um inglês, Lily Monique de Carvalho Marinho nasceu em Colônia, na Alemanha, mas foi criada na França. Em 1938, a beleza da jovem impressionava. Lily Monique foi miss Paris, aos 17 anos de idade. Foi em Paris que conheceu o primeiro marido, o empresário Horácio de Carvalho. Casou-se e adotou o Brasil como pátria. Com Horácio de Carvalho , teve um filho , Horacinho, que morreu num acidente de automóvel, aos 26 anos de idade. Tempos depois, adotou um menino, que lhe deu quatro netos.
Dona Lily e Roberto Marinho se conheceram em 1941. Quase cinquenta anos mais tarde, quando a reencontrou, já viúva, Doutor Roberto se lembrava de como ela estava vestida no primeiro encontro. Eles se casaram em setembro de 1991. Roberto Marinho tinha 86 anos, e Lily, setenta.
O romance foi tema de um livro lançado por ela em 2004. Com Doutor Roberto, Dona Lily ajudou a trazer pela primeira vez ao Brasil grandes exposições de artistas franceses, como Monet e Rodin. Pelo apoio e pela promoção da cultura, Dona Lily foi condecorada pelo governo da França com a Legião de Honra e homenageada pelo Ministério da Cultura do Brasil. Dona Lily é também Embaixadora da Boa Vontade da Unesco, o braço da ONU para educação e cultura.
Quando Roberto Marinho morreu, em 2003, a cerimônia de despedida foi na casa do Cosme Velho. E foi lá que ela viveu até ser internada. "Não poderia viver em outro lugar. Com sua ausência, viverei com saudade até o fim", disse certa vez.
Ela tinha o hábito de organizar reuniões na sua casa no Cosme Velho, também na Zona Sul. Em julho do ano passado, ofereceu um almoço à então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Foram convidadas personalidades da política e da sociedade carioca para o encontro, como a economista Maria da Conceição Tavares, e escritora Nélida Piñon, Jandira Feghali, Maria Lúcia Horta Jardim, Magaly cabral, Consuelo Paes, Marcela Temer e Lucy Barreto.
Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Dona Lily e elogiou a dedicação dela aos mais necessitados.
Fonte: Portal AZ.
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