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Juiz libera acesso às provas corrigidas do ENEM

Uma decisão da Justiça Federal no Ceará determinou que os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2010, tenham acesso às provas corrigidas ou ao “espelho” com a solução considerada correta pelos avaliadores. A determinação vale para estudantes de todo o País e foi assinada pelo juiz substituto da 7ª Vara Federal no Ceará, Leopoldo Fontenele Teixeira. A resolução atende a um pedido do Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE), que solicitou à Justiça o acesso dos alunos às provas corrigidas e a suspensão da divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que teve as inscrições encerradas na noite de ontem. Esse último ponto não foi acatado pelo juiz. Outro item na decisão dita que, a partir da posse das provas corrigidas, os estudantes têm um prazo de 10 dias para interpor recursos ao Ministério da Educação (MEC), podendo discordar das correções apresentadas. Não se sabe ainda como isso será feito, já que o MEC não se manifestou sobre o assunto. Até o início da noite de ontem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não fora comunicado oficialmente da decisão. Surge, então, mais confusão entre os estudantes. Ninguém sabe o que fazer. André Bruno, de 19 anos, não teve boas notas no Enem. E quer saber em quê falhou. Mas acha que a decisão não fará tanta diferença. “O tema da Redação foi muito vago e acho que a minha nota não foi justa”, lamenta ele, que se inscreveu no Sisu para Jornalismo e Ciências Sociais na UFC. Claudênia Rosa, que só conseguiu marcar uma opção de curso no Sisu, gostou de saber que vai poder conferir a correção das provas. Mas a estudante queria mais. “Queria era que o Enem fosse anulado. Eu poderia estudar mais”, disse a candidata. No ano passado, quando as provas do Enem apresentaram problemas e a Justiça determinou a suspensão dos testes, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso contra a decisão. Só refizeram as provas os candidatos que se inscreveram no site do MEC e que foram chamados pelo Ministério. Resta, agora, esperar a decisão do Governo Federal.

Fonte: O Povo.

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