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Estudo IBGE: Cai a qualidade da alimentação domiciliar

O brasileiro está se alimentando pior, com menos carboidrato e mais gordura. O consumo dos tradicionais arroz e feijão caíram, respectivamente, 40% e 26% de 2002 a 2009. No mesmo período, o consumo de cerveja aumentou 23,2% e o refrigerante de cola, 39,3%. No período entre as duas pesquisas POF, de 2002 a 2009, a alimentação tradicional, como arroz, feijão e farinha de mandioca, perdeu espaço na mesa do brasileiro, enquanto cresceu a proporção de comidas industrializadas no total calórico adquirido pelo consumidor. O pesquisador do IBGE, André Martins, diz que a mudança no comportamento alimentar apresentada pelo estudo é característica de países desenvolvidos e está “diretamente relacionada” com o crescimento do Brasil nos últimos anos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, entre 2003 e 2009, 3,4 milhões de pessoas saltaram à classe B e mais de 3,2 milhões, para a classe A.A participação de pães aumentou de 5,7% em 2002 para 6,4% em 2009; também foram elevadas as proporções de embutidos (de 1,78% para 2,2%), biscoitos (de 3,1% para 3,4%), refrigerantes (de 1,5% para 1,8%) e refeições prontas (de 3,3% para 4,6%). Famílias com renda mensal de 15 salários mínimos ou mais (a partir de R$ 7.600), tendem a consumir mais gordura e menos carboidratos, aponta a pesquisa. Os dados fazem parte de estudo do consumo domiciliar nacional, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Os itens mais requisitados fazem parte da categoria “bebidas e infusões” (chás dissolvidos em água), cuja média anual de consumo por pessoa é de 50,7 quilos; em seguida aparecem laticínios (43,7 quilos). Os alimentos considerados saudáveis por nutricionistas vêm depois: cereais e leguminosos (39 quilos), frutas (28,9 quilos), hortaliças (27,1 quilos) e carnes (25,4 quilos). Os dados apresentam também uma queda no consumo calórico diário por pessoa, de 1.791 para 1.611 calorias diárias.
Os pesquisadores ressaltam que a redução pode ser atribuída ao maior consumo fora de casa, cujas informações não fazem parte do estudo. As informações divulgadas pelo IBGE avaliam somente o consumo domiciliar, estão excluídos lanche, almoço e jantar fora de casa. Desde 2002, o gasto com alimentação fora de casa subiu de 24,1% para 31,1% em relação ao gasto total com alimentação.
A Pesquisa de Orçamento Familiar estuda o hábito alimentar do brasileiro dentro de casa. No intervalo entre as duas últimas pesquisas, de 2002 a 2009, ficou constatada que o brasileiro consome menos alimentos saudáveis.

Com informações do OPovoOnline.

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